Raquel Lyra                                                                                      Miguel Coelho

 

Oposição ainda sonha com união

 

Com três importantes prefeitos do bloco decididos a renunciar aos mandatos no final do mês para disputar as eleições deste ano – Miguel Coelho, Raquel Lyra e Anderson Ferreira – outros líderes importantes da oposição estadual não perderam a esperança de que, mesmo após as renuncias, haja uma possibilidade de união entre pelo menos dois nomes, Raquel e Miguel. “Neste momento não há clima para isso mas quem sabe até junho não se possa ter algum tipo de convergência nesse sentido”, pondera um desses líderes.

 

Miguel e Raquel, porém, já conversaram algumas vezes e refluíram porque ambos não desejam abrir mão da candidatura a governador. A mesma fonte do Blog cita, no entanto, que no quadro atual com três candidatos “vai ser muito difícil eleger o senador, dividindo por três os votos oposicionistas, o que vai complicar na montagem das chapas”. O prefeito Anderson Ferreira não está sendo considerado porque é o candidato do presidente e tem o apoio dos bolsonaristas que não abrem mão de palanque próprio.

 

Por outro lado, na bancada da Frente Popular na Assembleia o que mais se teme é a união de Raquel e Miguel no primeiro turno. As contas feitas pelos deputados são de que com os dois disputando separados Anderson tem chance de ir ao segundo turno pela força do bolsonarismo e seria mais fácil abatê-lo. Já Raquel e Miguel, candidatos do centro, não carregariam o peso de Bolsonaro que tem, no momento, 16% de intenção de voto por aqui contra em torno de 60% do ex-presidente Lula, sendo mais difícil derrotá-los mais na frente.

 

Difícil escolha

Se por acaso prosperarem as conversas sobre união entre Miguel e Raquel vai ser difícil decidir entre os dois. Pelo lado de Raquel pesa na balança o fato de estar na frente nas pesquisas, de ser boa gestora e de ser mulher. Miguel, por sua vez, além de bom gestor tem conseguido cada vez mais apoios de prefeitos e vereadores do interior, em número bem superior aos de Raquel que perdeu lideranças do próprio PSDB, seu partido, como a prefeita Judite Botafogo e a deputada estadual Alessandra Vieira.

 

Raquel e Bolsonaro

Pessoa próxima ao prefeito Anderson Ferreira conta que a prefeita Raquel Lyra reagiu de forma dura quando procurada por Anderson que tinha  o intuito de discutir com ela a possibilidade de continuarem juntos mesmo ele permanecendo no partido de Bolsonaro, o PL. Raquel teria encerrado a conversa mostrando seu desagrado com a proposta já que tinha dito publicamente que não apoiaria o presidente. “Anderson estava disposto a continuar candidato ao senado mas a partir daí saiu disposto a disputar o governo”, afirma.

 

Jarbinhas na disputa

Embora o MDB esteja com dificuldade de formar chapa para estadual, Jarbas Filho, candidato a uma vaga na Alepe – é filho do senador Jarbas Vasconcelos – já figura na lista dos possíveis eleitos em outubro. Jarbinhas, como é chamado, conta com o apoio de 9 prefeitos, vereadores em mais de 30 municipios e está mais desenvolto, visitando as bases e inaugurando obras custeadas por emendas do senador. “Além de muito presente nas bases vejo que a eleição dele está sendo vista no interior como um tributo a Jarbas “- diz o presidente da Alepe, Eriberto Medeiros.

 

Tereza e Lula

Com cinco mandatos de deputada estadual e lealdade canina ao PT, a deputada estadual Tereza Leitão ganha cada vez mais protagonismo no partido, independente dos amuos dos grupos da legenda. Além de candidata a deputada federal com chances de vitória ela figura na lista dos possíveis nomes para o senado com a simpatia do ex-presidente Lula. Quando o senador Humberto Costa foi a Lula discutir o senado e citou o deputado federal Carlos Veras, Lula indagou : “e não pensou em Tereza?”. Foi aí que ela entrou na lista.

 

Priscila e Isaltino

Os deputados Isaltino Nascimento e Priscila Krause estreiam ainda esta semana neste blog se pronunciando sobre o panorama político e eleitoral no Governo e Oposição. Debaterão o mesmo assunto a cada quinze dias. Ambos se destacam na Alepe : Isaltino como líder e defensor do Governo e Priscila como vice-líder e defensora das teses oposicionistas. O embate vai estar imperdível.

 

PSB vai crescer muito na Alepe

O PSB, que elegeu 14 deputados estaduais em 2018 projeta eleger de 20 a 22 este ano. O partido vai ser o maior beneficiado com as trocas de legenda que vão ocorrer até o final deste mês. Há chance inclusive de vir a abrigar desafetos políticos no interior como os deputados estaduais Aglaison Junior e Joaquim Lira, de Vitória, como nos tempos da Arena 2 quando grupos rivais no interior se aliaram para votar no Governo. Joaquim é do PSD que não formou chapa para a disputa estadual e está com dificuldade de ser aceito pelo PP porque tem muitos votos, espantando a calda.

 

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

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