Eleições 2022

Chamada de “candidata de Paulo Câmara” Marília refuta e insinua que Paulo a apoiou combinado com oposição

O governador Paulo Câmara, que esteve ausente de toda campanha em primeiro turno na qual sequer era citado pelo seu candidato a governador Danilo Cabral, foi o centro das atenções no primeiro debate entre as candidatas Raquel Lyra e Marília Arraes, à qual ele declarou apoio. Organizado pela Fiepe e CBN, o encontro foi quente do começo ao fim. Mesmo instadas a responder pontualmente sobre assuntos citados por empresários, as duas candidatas não deixaram de mostrar suas propostas mas trocaram farpas em todos os instantes disponíveis.

Marília se negou a aceitar o apoio do governador quando chamada de “candidata de Paulo Câmara” pela adversária e chegou a insinuar que Paulo tenha declarado isso “combinado com a oposição”. “Sou oposição aos oito anos de desgoverno de Paulo Câmara”- pontuou cobrando, em seguida, de Raquel por ter votado no então candidato a governador em 2014, quando seu pai, João Lyra, era governador, depois de ter assumido como vice de Eduardo Campos. “ Eu não votei nele “ – acrescentou a candidata do Solidariedade – porque não concordei que um gerente fosse governador e não alguém politicamente preparado. Mas você votou”.

O ponto alto do debate para Raquel foi no momento em que ela disse que o programa de governo de Marília tem apenas doze páginas e a adversária não deu uma explicação convincente. Falou somente que se tratava de um documento com questões principais mas que agora iria concluí-lo junto com as forças que vieram a apoiá-la. Outro momento foi quando a ex-prefeita de Caruaru acusou o vice da adversária Sebastião Oliveira de “o secretário das estradas inacabadas e mal conservadas de Paulo Câmara” e fez uma comparação, citando qualidades de sua vice Priscila Krause.

Para Marília, os pontos a seu favor decorreram da exploração que fez por Raquel não ter se definido na eleição presidencial e ao dizer que ela na verdade “é a candidata de Bolsonaro”. Também lembrou o tempo em que a ex-prefeita andou pelos municípios, na pré-campanha, acompanhada do ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, do PL, que acabou candidato a Bolsonaro a governador. Raquel fez então o discurso que tem mostrado, falando em unir a todos para recuperar Pernambuco, recusando-se a cair na casca de banana jogada pela adversária.

As fake news ganharam destaque especial nos dois lados, uma acusando a outra de estar colocando notícias falsas na Internet. Neste ponto, porém, Raquel se saiu melhor chamando, por diversas vezes, Marília de “candidata das fake news” e mostrando que ganhou todas as ações na justiça contra adversária no que se refere a essas postagens enquanto Marília não ganhou nenhuma.

Durante o debate, assistido por uma plateia no auditório da Fiepe, Raquel foi aplaudida várias vezes. O comunicador e apresentador Aldo Vilela, da CBN, em todos esses momentos, pediu silêncio e conseguiu calar as manifestações que só voltaram após as considerações finais das candidatas, quando Marília também foi aplaudida, embora bem menos que a adversária.

Ao responder às perguntas dos empresários ambas se comprometeram com obras como o Arco Metropolitano e a Transnordestina, bem como a melhoria das condições da BR-232 e todas as demais estradas pernambucanas. Prometeram trabalhar pela redução dos impostos para favorecer os empreendedores mais vulneráveis e em diminuir o prazo de
abertura de empresas no estado e de fornecimento de certificação ambiental.

Redação blogdellas – Foto: Divulgação

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