CE do Senado aprova projeto do senador Fernando Dueire para inscrição de Dom Helder no livro dos heróis da Pátria

A Comissão de Educação do Senado aprovou a inscrição do nome do ex-arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hëlder Câmara, no Livro dos Heróis e Heroinas da Pátria. O projeto é de iniciativa do senador Fernando Dueire e foi relatado na comissão pela senadora Teresa Leitão que fez, um emocionado pronunciamento sobre a iniciativa de Dueire destacando o papel que Dom Hélder exerceu como bispo da Igreja Católica, defensor da democracia e que foi precursor da Teologia da Libertação. O senador Humberto Costa, também membro da comissão, também elogiou a iniciativa destacando que Dom Hëlder chegou a ser indicado para o Prêmio Nobel da Paz mas acabou não sendo escolhido por pressão do Governo brasileiro, na época, sob comando militar.

Agora o projeto vai passar pela comissão de educação da Câmara, como é de praxe, mas não se tem mais dúvida de que o arcebispo vai estar no rol dos heróis e heroínas da Pátria. Ontem ao comentar o posicionamento da comissão do Senado, o órgão cuja opinião baliza a escolha dos brasileiros tidos como heróis, Dueire disse que “o parlamento brasileiro está fazendo justiça a um homem que dedicou sua vida aos pobres e perseguidos sendo um exemplo para nós a nível nacional e internacional”.

O senador Fernando Dueire conviveu com Dom Hélder desde pequeno muitas vezes em sua própria casa. Sua mãe, Carmelita Dueire, que faleceu esta semana, presidiu por 25 anos o Banco da Providência em Pernambuco, atendendo a convite do arcebispo do qual era assessora e confidente. Só saiu quando Dom José Cardoso assumiu o cargo no lugar de Dom Hélder, que se aposentara, e extinguiu o banco. Quando o papa João Paulo II esteve no Recife e saudou Dom Hélder como “irmão dos pobres e meu irmão” o arcebispo teve uma conversada reservada com ele da qual a única testemunha foi Carmelita que teve oportunidade de apresentar ao pontífice o trabalho social que era realizado na Arquidiocese.

A família Dueire de tal forma se engajou no trabalho do arcebispo que a ex-conselheira do Tribunal de Contas, Teresa Duere, irmã de Fernando, comandou a Fundação Esperança, também criada por Dom Hélder, ao lado da secretária do arcebispo Zezita Barbosa. Na próxima semana, o senador vai estar com com o novo arcebispo, Dom Paulo Jackson, para falar do projeto que confere a Dom Helder a maior honraria nacional e para se colocar à disposição em Brasília para o encaminhamento de demandas da Arquidiocese.

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