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Brasil X EUA: Biden reafirma apoio ao Fundo Amazônia durante visita de Lula a Washington

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e os Estados Unidos têm “bem clara a necessidade de apoiar a proteção da Amazônia e do clima” e o presidente Joe Biden quer apoiar o Fundo Amazônia, afirmou uma fonte de alto nível do governo americano em encontro com jornalistas nesta última quinta-feira em Washington, por ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Casa Branca nesta sexta-feira. — O presidente tem bem clara a necessidade de apoiar a proteção da Amazônia e do clima. Nós queremos achar formas de dar apoio a isso [o Fundo Amazônia] mas também em outras áreas da liderança brasileira em relação ao clima — declarou a autoridade após ser questionado por um repórter sobre um eventual ingresso dos EUA no Fundo Amazônia, uma intenção apontada pela agência Reuters.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia recebeu, em 10 anos de operação, R$ 3,3 bilhões em doações, o que cessou em 2019 por causa de problemas na gestão de Jair Bolsonaro. Enquanto funcionou, o fundo recebeu aporte de dois governos estrangeiros: Noruega e Alemanha. Além disso, houve doações menores da Petrobrás e foram financiados 102 projetos, a um custo de R$1,8 bilhão. De acordo com o BNDES, que gerencia a aprovação e contratação de projetos, existia R$3,6 bilhões ainda em caixa até dezembro passado. A questão climática foi listada pela fonte como de máxima prioridade para os EUA na conversa com Lula, que desembarcou em Washington com sua comitiva na noite de quinta. Foram citadas ainda iniciativas com objetivo de melhorar questões econômicas, de desigualdade social, racial e LGBTQIA+, além de conversas sobre imigração ilegal e a preocupação com a democracia.

Segundo a fonte graduada do governo americano, o Brasil é um parceiro-chave na região e os EUA buscam trabalhar em parceria para buscar saídas para desafios mundiais. Um anúncio conjunto é aguardado para esta sexta-feira, após o encontro bilateral entre os chefes de Estado, mas as ações concretas não foram mencionadas durante o encontro com jornalistas. Diferenças nas concepções sobre a guerra na Ucrânia são o principal risco ao encontro, capaz de causar um imprevisto e fazer a cooperação ambicionada azedar. Sobre esse assunto, o porta-voz afirmou: — É importante enfatizar que qualquer esforço de diálogo e paz precisa reconhecer levar em conta que o que está acontecendo na Europa é um ataque injusto pela Rússia contra civis, e os ucranianos estão defendendo eles mesmos — declarou. — O que está acontecendo na Europa é violação de um território, de sua soberania. Também foi enfatizado que os presidentes podem compartilhar da necessidade de busca de paz, mas que é preciso manter o poder de ação dos ucranianos.

Redação com Agência Reuters – Foto: Divulgação

E-mail: redacao@blogdellas.com.br

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