“Bebê Rena” alerta: Ame menos

Só se fala em “Bebê Rena”, já sucesso absoluto na Netflix. Todos viram, querem assistir e comentar. Das redes sociais aos encontros em bares, “Baby Reindeer”, título original, é uma série baseada em uma história real e adaptada de uma aclamada peça pelo ator escocês Richard Gadd. Tem vida real. Tem ficção. E oferece, sobretudo, um roteiro já vivido por muitos diante de “amores” sufocantes. E anotem aí: vem polêmica por aí com as interpretações em torno da obra. Da questão de gênero. A obra conta a história de Donny Dunn, alvo de abuso e perseguição. E tudo parece interessar sempre mais quando se sabe que a trama aconteceu de verdade com Richard Gadd, protagonista e criador da série.

Tudo começa por uma prática desejada: a gentileza. Imagina!!! Quando o comediante, atendente em um bar, conhece uma mulher logo revelada como “vulnerável” e oferece um singelo chá, despertando uma obsessão sufocante que coloca a vida dos dois em risco. Apesar de abordar situações reais, algumas, sabemos, são pura ficção. Mas, sabe-se que o ator foi sim perseguido por quatro anos, nos quais recebeu 41.071 e-mails, 350 horas de mensagens de voz, 744 tuítes, 46 mensagens no Facebook, 106 páginas de cartas e inúmeros presentes. De acordo com Gadd, isso aconteceu em 2015. Ele trabalhava em um bar em Londres.

Em entrevista ao The Times, Richard alegou que no início, seus colegas de trabalho acharam que ele tinha uma admiradora. “Então, ela começou a invadir minha vida, me seguindo, aparecendo nos meus shows, esperando do lado de fora da minha casa”. Ele denunciou. A polícia não acreditou nos primeiros relatos. E a perseguição continuou.

Não vale aqui levantar polêmica. Discutir os direitos dos homens. Das mulheres. Debater virilidade. Sexualidade, enfim…O ideal é assistir à série. E tirar suas próprias conclusões. E encerrar a cá maratona consciente, lembrando do que a vida já deu sinais através do bom senso: “Ame menos”.

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