Assembleia entrega título de cidadão pernambucano a um dos seus servidores mais antigos
_Proposta foi apresentada pelo deputado Antônio Moraes. Jovêncio Pereira, conhecido como “Tampinha”, atua na Casa há 48 anos e é uma unanimidade entre deputados e funcionários_
Após completar 48 anos ininterruptos de trabalho como servidor da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o servidor Jovêncio Marques Pereira – conhecido carinhosamente por todos os deputados e funcionários na Casa como “Tampinha” – natural da cidade de Salto da Onça, no interior do Rio Grande do Norte, realizou, na noite desta quarta-feira (04), um sonho que acalentava há anos. Foi agraciado com o Título de Cidadão Pernambucano. A honraria é concedida pelo Legislativo a pessoas de outros Estados que aqui se radicaram e contribuíram para o desenvolvimento de Pernambuco.
Esse sonho começou há vários anos, quando Tampinha – admitido na Assembleia em 1975, como auxiliar de limpeza – passou a buscar capacitação e cursos de aperfeiçoamento. Terminou sendo lotado no departamento de Cerimonial da Casa, onde atua por vários anos, auxiliando na preparação de solenidades especiais, como posses de governadores e deputados, entregas de comendas e, claro, concessões de títulos de cidadania pernambucana. Foi então que ele, um homem de voz mansa e gestos discretos, passou a questionar os parlamentares se também não seria merecedor da honraria.
Deputado mais antigo na Assembleia – com sete mandatos – Antônio Moraes decidiu que era hora de homenagear o servidor que é considerado o mais querido da Casa, e propôs a concessão, aprovada pela unanimidade do plenário. “Tampinha tornou-se uma figura de extrema importância para esta instituição. Sempre atuando nos bastidores, sua dedicação, iniciativa, profissionalismo e busca constante pelo aperfeiçoamento, além da sua absoluta compreensão sobre os deveres aos quais sempre foi fiel e dedicado, são a prova de seu compromisso inabalável com a excelência”, discursou Antônio Moraes, mencionando ainda o espírito altruísta do homenageado. “Tem um coração gigante. Ao longo de sua carreira, ele tocou a vida de muitos colegas, não apenas por seu trabalho diligente, mas também por sua presença sempre amistosa e encorajadora”.
Usando um chapéu de vaqueiro com as cores de Pernambuco, ao agradecer a homenagem, por vezes em de maneira bem emocionada, Tampinha não abriu mão da sua personalidade tímida e afável. Em diversos momentos, chegou a arrancar gargalhadas da plateia, que lotou o auditório Sérgio Guerra, na Alepe. Inclusive quando instado a explicar o seu famoso apelido. “Me deram uma carta de recomendação para um emprego e mandaram eu ir lá procurar tampinha. Eu cheguei e fiquei lá olhando pro chão, indo e voltando. E não achei nenhuma tampinha. Até que a secretária explicou que Tampinha era uma pessoa com quem eu tinha que falar”, contou, aos risos.
A solenidade festiva contou com a presença do superintendente da Alepe, Isaltino Nascimento, e de diversos servidores, além de vários membros da família do homenageado. A animação ficou por conta do Coral Vozes de Pernambuco, formado por funcionários da Alepe, e pelo cantor Edy Carlos.
Redação com assessoria Fotos: Leôncio Francisco/Divulgação
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