Apagão virtual afeta bancos, aeroportos e serviços no mundo
Na manhã desta sexta-feira (19/7) diversos países registraram problemas técnicos que afetaram operações de companhias aéreas internacionais, empresas ferroviárias e do setor de telecomunicações, entre outros.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o apagão cibernético global não afetou as operações de aeroportos no Brasil.
“Recebemos a notícia de que companhias aéreas ao redor do mundo estão sendo afetadas em suas operações devido um apagão cibernético. Até o presente momento, não tivemos impacto nas operações dos aeroportos brasileiros. Vamos continuar monitorando ao lado da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para que o nosso transporte aéreo não tenha prejuízos”, escreveu o ministro no X (antigo Twitter).
O problema- Uma atualização de software teria provocado uma grande interrupção em sistemas de computadores, afetando voos, emissoras de televisão e serviços bancários e de saúde. O problema foi desencadeado por uma atualização de um produto da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que impactou clientes utilizando o sistema operacional Windows, da Microsoft. A Microsoft informou que já corrigiu o problema.
George Kurtz, CEO da CrowdStrike, informou na rede social X que a empresa está “trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito em uma atualização para hosts do Windows” e que uma solução está em implementação. Kurtz destacou que se trata de um problema técnico e não de um ataque cibernético.
Na manhã de hoje, grandes companhias aéreas dos EUA, como American Airlines, Delta Airlines e United Airlines, suspenderam voos, e aeroportos ao redor do mundo relataram atrasos e interrupções. Bancos e serviços financeiros, de países como Austrália, Alemanha e Brasil, também enfrentaram problemas, com o Bradesco informando que suas plataformas digitais foram afetadas e que suas equipes estão trabalhando para resolver a situação.
No Reino Unido, os sistemas de agendamento médicos estavam fora do ar e a emissora Sky News teve dificuldades para transmitir ao vivo. O Manchester United também adiou o lançamento de ingressos devido ao apagão. A unidade de nuvem da Microsoft, Azure, confirmou que a falha global afetou as máquinas virtuais que executam o Windows e o software CrowdStrike Falcon, que ficou travado em um “estado de reinicialização”.
A CrowdStrike emitiu um alerta informando que seu software Falcon Sensor estava causando a tela azul no Windows e forneceu uma solução alternativa manual. Mais da metade das empresas da Fortune 500 utiliza o software da CrowdStrike. Ciaran Martin, professor da Universidade de Oxford e ex-chefe do Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido, destacou a gravidade da falha, que evidenciou a fragilidade da infraestrutura da Internet global.
Os aeroportos de Cingapura, Hong Kong e na Índia enfrentaram dificuldades, forçando o check-in manual dos passageiros. O Aeroporto Schiphol de Amsterdã e a companhia aérea Iberia também foram impactados, mas os voos não foram cancelados. A Air France-KLM também reportou efeitos nas suas operações. Analistas consideram a interrupção uma das maiores na indústria e economia, com Ajay Unni, CEO da StickmanCyber, descrevendo-a como um “desastre absoluto” para a segurança de TI.
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