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Alergia grave: pesquisadores criam 1ª caneta de adrenalina brasileira

Pesquisadores brasileiros desenvolveram a primeira caneta de adrenalina autoinjetável do país, voltada para o uso em casos de anafilaxia, uma reação alérgica grave e potencialmente fatal. A inovação permite que o próprio paciente administre o medicamento em emergências. O projeto é liderado pelo médico Renato Rozental, da Fiocruz que disse que embora comum em continentes como Europa e América do Norte, o dispositivo só agora está sendo produzido no Brasil.

Ele explicou que, apesar de ser o primeiro protótipo brasileiro, não se trata de uma “inovação radical”. “Você encontra essa caneta com facilidade na Europa, na América do Norte, na Ásia, na Oceania”.“A grande pergunta é: por que demorou tanto tempo pra termos isso acontecendo no Brasil?”, questionou o pesquisador da Fiocruz. Rozental lembrou que, desde 2018, com a quebra do monopólio, opções genéricas da caneta no mercado externo fizeram com que o preço do dispositivo caísse substancialmente. “Mas continuava exorbitante”.

Desde a quebra do monopólio em 2018, o preço do dispositivo caiu globalmente, mas no Brasil ele permanece alto, pois a versão autoinjetável só pode ser adquirida via importação. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), a adrenalina é atualmente o único tratamento eficaz para anafilaxiae uma reação alérgica muito grave e que se desenvolve rapidamente. “Essa reação causa choque anafilático, uma queda de pressão abrupta e muito grande, que faz com que o sangue não circule pelo corpo e não chegue ao cérebro. O organismo libera uma substância chamada histamina, que causa uma reação generalizada e pode afetar pele e pulmão, além de causar broncoespasmo e edema de glote, fechando as vias aéreas superiores.”

Segundo ele, os alimentos figuram, no país, como a principal causa de alergia entre crianças – sobretudo leite e ovo. “Não é lagosta ou algo que se come eventualmente”, destacou.

A estimativa é que a caneta de adrenalina autoinjetável desenvolvida por pesquisadores brasileiros chegue ao mercado nacional custando em torno de R$ 400.

Redação com Agência Brasil Foto: Fiocruz/divulgação

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