Alepe constata dificuldades no Arquivo Público

O assunto carece de um olhar diferenciado e de ações imediatas: Infiltrações, falta de energia, mofo, fiação exposta e locais onde parte do teto desabou. Junto a isso, há arquivos fora da caixa e mantidos sem a climatização adequada, já que o ar condicionado não funciona. Esse foi o cenário encontrado por parlamentares da Comissão de Cidadania da Alepe na sede do Arquivo Público de Pernambuco, segundo o relato feito pela deputada Dani Portela, do PSOL, presidente do Colegiado.

O prédio do Arquivo público estadual Jordão Enerenciano é Patrimônio Tombado.

A visita feita nesta última terça-feira, a pedido do Comitê Memória, Verdade e Justiça para a Democracia, para verificar a precarização do equipamento. O relato de Dani Portela foi feita durante a reunião na Comissão de Cidadania. A deputada afirmou que, além dos problemas estruturais, o Arquivo Público teve seu quadro funcional reduzido de 40 para 16 funcionários, depois das exonerações feitas pelo Governo do Estado. A deputada informou ainda que um relatório sobre os problemas encontrados será encaminhado ao Ministério Público.

O edifício-sede do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano é um equipamento tombado pelo Conselho Estadual de Preservação de Patrimônio Cultural. O prédio fica na Rua do Imperador Dom Pedro II, n° 371, Bairro de Santo Antônio – foi construído em 1731 para ser Câmara, Corte judicial e cadeia, como era praxe na época.A edificação teve múltiplos usos até 1975, quando se tornou abrigo do acervo do Arquivo. Tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público com o objetivo de preservar, por intermédio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.