Adequação da LGPD na hotelaria garante segurança dos dados e confiança dos hóspedes

Desde a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em 2020, o setor de hotelaria, incluindo hoteis e pousadas, tem enfrentado uma nova realidade em relação à coleta e ao tratamento de dados pessoais de seus hóspedes. Essas empresas armazenam informações como nome, CPF, dados de contato e até dados sensíveis, como dados biométricos ou preferências alimentares e necessidades especiais ligadas à condição de saúde. Assim, estar em conformidade com a LGPD tornou-se essencial para garantir a privacidade e a segurança dessas informações.

O advogado especialista em LGPD, João Fiúza, comenta: “A adequação à LGPD é um fator crítico para pousadas e hotéis. Além de evitar penalidades, que podem ser elevadas, as empresas demonstram compromisso com a proteção dos dados de seus clientes, um ponto vital para conquistar e manter a confiança do consumidor em um mercado cada vez mais atento à privacidade”.

Segundo o especialista é preciso adotar algumas práticas para enfrentar alguns dos principais desafios enfrentados pelas empresas do setor de hotelaria, como o mapeamento das operações que envolvem dados pessoais, a avaliação de riscos, a adoção de medidas de segurança da informação e a capacitação dos colaboradores para garantir o cumprimento da LGPD. “Treinar os funcionários é fundamental. Todos que lidam com dados pessoais, desde a recepção até o setor financeiro, precisam entender a LGPD e aplicá-la no dia a dia”, afirma o especialista.

Outro ponto abordado é o compartilhamento de dados com terceiros, como plataformas de reserva e prestadores de serviço, uma prática comum nesse setor. Segundo Fiúza, “é essencial que hotéis e pousadas garantam que todos os parceiros envolvidos no tratamento de dados estejam igualmente em conformidade com a legislação. Isso inclui uma revisão cuidadosa dos contratos e das práticas de segurança adotadas por esses terceiros”.

Entre as recomendações para garantir a adequação à LGPD, o especialista sugere a realização de um mapeamento completo dos dados coletados, a implementação de políticas de privacidade claras e acessíveis aos hóspedes, além da adoção de medidas técnicas, como criptografia de dados e sistemas de segurança avançados para o armazenamento de informações.

Fiúza finaliza alertando que a conformidade com a LGPD não deve ser vista apenas como uma obrigação legal, mas como uma oportunidade para agregar valor ao negócio. “Aqueles que investem em proteção de dados estão, na verdade, investindo em um diferencial competitivo, construindo uma reputação de confiança no mercado”, conclui

Redação com assessoria Foto: divulgação

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