“A Baleia” mergulha no drama da obesidade e da compulsão alimentar

Em uma aula de redação online, a câmera do professor é a única desligada. Educado, Charlie (Brendan Fraser) diz aos alunos que logo mais consertara o aparelho. Enquanto isso, a câmera do cineasta Darren Aronofsky abre seu enquadramento para mostrar o que Charlie quer esconder: ele é um homem com mais de 270 quilos, de cabelo ralo e manchas na pele.

Em A Baleia ( The Whale) em cartaz nos cinemas, Charlie vive confinado em seu sofá. Sair dali é um desafio , assim como todas as outras que envolvam mobilidade: ele depende de um andador e de aparatos posicionados pela casa que lhe concedem um mínimo de independência— como se deitar ou se levantar sozinho e apanhar algo que caiu no chão.

Um dia, uma adolescente entra impetuosa na casa, o observa de cima a baixo e diz: “Isso quer dizer que eu vou engordar?”. A jovem de 17 anos é Ellie , filha que Charlie não vê há oito anos. O esforço dele para reconquistar a menina é a força motriz do filme que deu a Fraser sua primeira indicação ao Oscar — e faz dele (com razão) um franco favorito ao prêmio.

Ao confiar o papel de Charlie a Fraser, estrela de Hollywood dos anos 1990 que caiu em ostracismo, A Baleia se impõe como mais um atestado da ousadia da A24, estúdio responsável pelo longa e que vem chacoalhando a mesmice de Hollywood.


O filme estreou nos cinemas do Brasil agora, após o Carnaval . o drama ‘A Baleia’ chega para tratar de tema não muito debatido quando necessário pelas grandes pautas de saúde : a obesidade severa, o transtorno de compulsão alimentar.

A Baleia’ instiga o necessário debate sobre o tema. E emociona.

Redação com veículos. Foto/ Divulgação

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