Bolsonaro é chamado de “urubu-rei” e de estar com “febre do Datafolha” pelo PSB por cobrar presença de Paulo Câmara.
Enquanto o governador Paulo Câmara se recusou a comentar a fala do presidente Bolsonaro hoje no Recife, em que cobrou a presença do chefe do executivo pernambucano em sua estada no estado para ver os estragos das chuvas e anunciar providências, o líder do PSB na Câmara do Recife, vereador Rinaldo Junior, chamou o presidente de “urubu-rei” por, segundo ele, “estar como urubu em busca das vítimas para fazer política” e o pré-candidato a governador Danilo Cabral(PSB) disse que o chefe do executivo federal veio a Recife “usar a tragédia como palanque”.
Em nota enviada à imprensa, Danilo chamou de “surpreendente” a presença do presidente e argumentou “tantas tragédias aconteceram no Brasil ultimamente e o presidente ficou bem longe do problema, passeando de lancha ou de motocicleta”, e acrescentou “dá até para pensar que as pesquisas eleitorais estão diminuindo a insensibilidade que ele sempre demonstrou diante da perda de vidas humanas. Ainda deve estar com a febre Datafolha”.
“A ajuda do Governo Federal é sempre bem-vinda. É uma obrigação de qualquer chefe de estado, mas tentar tirar proveito político-eleitoral em cima de uma catástrofe deixa bem claro quais são as suas intenções”,concluiu Danilo.
O pré-candidato do PL a governador, que acompanhou o presidente, ex-prefeito Anderson Ferreira, afirmou que Bolsonaro “está fazendo a sua parte vindo ao estado e prometendo recursos” mas acrescentou “O momento é de priorizar o socorro aos atingidos pela tragédia e de ajudar as famílias das vítimas, um trabalho que precisa unir forças”.
Já o pré-candidato do União Brasil a governador, Miguel Coelho, defendeu que o governador Paulo Câmara “deixe a política de lado e some esforços com o governo federal para enfrentar a tragédia”.
“Fomos surpreendidos – disse – pela atitude pequena, mesquinha do governador que, com certeza, não representa o sentimento e o tamanho do nosso povo. Governador, o momento não requer convite. O momento requer ação, atitude para que Pernambuco possa sair desse momento desafiador. Não cabe ao prefeito, ao governador, ao presidente ou seja lá quem for, fazer política ou olhar para essa situação com viés partidário. Chega de política ideológica, é preciso garantir apoio federal”, completou.
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