Pela primeira vez, em 75 anos, cinco filmes dirigidos por mulheres disputam a Palma de Ouro em Cannes

A 75ª edição do Festival de Cannes que teve início nesta última terça, veio com um marco inédito: pela primeira vez na , o conjunto de cinco filmes dirigidos ou codirigidos por mulheres vão disputar a Palma de Ouro, mais importante troféu entregue pelo tradicional cinema francês.

Até agora, o recorde de filmes dirigidos por mulheres na competição principal era de quatro obras, registrado nas edições de 2021, 2019 e 2011. Como há 21 longas na seleção de 2022, a porcentagem de concorrentes com direção de mulheres é de 23,8%, acima dos 16,6% registrados no ano passado.

Apesar do aumento da participação feminina na competição, Cannes ainda está longe de mostrar avanços significativos no que diz respeito à igualdade de gênero .Em toda a história do festival, só dois longas dirigidos por mulheres foram premiados com a Palma de Ouro: O Piano, de Jane Campion, em 1993; e Titane, de Julia Ducournau, em 2021. Alem disso, apenas duas mulheres venceram o prêmio de direção: Yukita Solntseva por A Epopéia dos Anos de Fogo (1961), e Sofia Coppola por O Estranho que Nós Amamos(2017). Em 2022, duas seções do festival selecionaram apenas trabalhos de cineastas homens: a Cannes Premiere, que tem oito títulos, e as exibições fora de competição,que serão onze.

Os longas dirigidos por mulheres na competição de 2022 são: Les Amandiers, de Valeria Bruni Tedeschi; Le Otto Montagne, de Charlotte Vandermeersch e Felix Van Groeningen; Un Petit Frère, de Léonor Serraille; Showing Up, de Kelly Reichardt; e Stars at Noon, de Claire Denis. Reichardt, Vandermeersch e Serraille fazem sua estreia na disputa, enquanto as outras diretoras concorrem pela segunda vez: Tedeschi foi selecionada em 2013 por Um Castelo na Itália e Denis volta à competição 34 anos depois de apresentar seu longa de estreia, Chocolate (1988). O ganhador da Palma de Ouro será conhecido dia 28 próximo.

Redação-Blog Dellas com informações dos veículos

Foto-Filme Star at Noon, de Claire Denis. Imagem-Divulgação