A corda continua esticada entre Alepe e Governo do Estado e bancada governista não está dando quórum para votação

 

As dificuldades de entendimento entre a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado chegaram ao ponto de prejudicar o próprio andamento da máquina pública. Como se não bastasse a atitude da bancada de oposição de postergar a aprovação de um projeto do executivo relativo ao empréstimo no valor de R$ 1,5 bi para custear a obra do Arco Metropolitano e de se recusar a marcar a sabatina do novo administrador da ilha de Fernando de Noronha, esta quarta-feira foi a bancada governista que não garantiu quórum para a aprovação do nome do médico veterinário, Moshe Dayan, para presidente da Adagro, a agência que cuida da fiscalização das atividades agropecuárias pernambucanas, em plena eclosão da gripe aviária no sul do país que pode se alastrar pelas demais unidades da Federação.

Convocada extraordinariamente pelo presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, que recebeu no gabinete membro da Avipe , entidade que congrega dos produtores de frango e de ovos, a comissão de Justiça sabatinou o indicado, Moshe Dayan, que agradeceu à governadora e à deputada Débora Almeida, da qual foi assessor, pela indicação do seu nome. À tarde, porém, no plenário, onde o projeto seria votado para que o escolhido pudesse assumir o posto, só seis deputados governistas estavam presentes – alguns oposicionistas também se ausentaram – e acabou não havendo quórum para deliberação. Nos bastidores,  oposicionistas chegaram a espalhar que o Palácio havia recomendado à bancada fiel à governadora que só voltasse em peso ao plenário quando os demais projetos governamentais estivessem na pauta.

Três deputados da base que estavam presentes no plenário negaram a este blog que tivessem recebido recomendação nesse sentido e explicaram que esta semana, por conta da Marcha dos Prefeitos, em Brasília, com a presença de mais de 100 prefeitos pernambucanos, muitos parlamentares haviam viajado, embora no painel de votação só constassem os nomes de seis deputados como ausentes do estado. Na terça-feira também não tinha havido quórum para deliberação pela ausência de governistas. Em off um parlamentar governista confessou que a própria base não anda satisfeita porque, mesmo sendo maioria no plenário, está impedida de votar o empréstimo e a indicação de Noronha por manobras da oposição que tem maioria nas comissões.

Marília e a espera de 2026

A ex-deputada federal Marília Arraes ou será candidata ao Senado ou a deputada federal. Para isso tem conversado com a irmã Maria Arraes para ambas fazerem uma dobradinha em 2026, caso a vaga do Senado não fique disponível para ela em função do grande número de candidatos. A amigos ela tem dito que gostaria de voltar para a Câmara mas não impor nada a Maria: “se ela decidir continuar candidata a federal poderei até ser candidata a estadual”.

O temor de enchentes

Apesar das chuvas estarem menos intensas do que o previsto para estes dias, na  Região Metropolitana, quatro rios  estão com a cota máxima no Grande Recife e na Zona da Mata. Há risco de enchentes. Enquanto isso, também por causa das chuvas, 21 municípios enfrentam problemas no abastecimento d’água residencial. Os prefeitos metropolitanos estão de plantão acompanhando a situação e preparando abrigos para famílias que podem ficar desabrigadas.

Bebês riborn não encantam a Alepe

Três deputados estaduais apresentaram projetos de lei na Alepe com o objetivo de disciplinar o uso dos bebês riborn. O assunto, porém, não encantou os parlamentares que são membros da Comissão de Justiça. Na reunião desta terça-feira, o presidente Alberto Feitosa indagou se algum dos deputados presentes que são membros do colegiado gostariam de relatar as três matérias pois definiu-se incluí-las em um bloco. Ninguém aceitou. O deputado Luciano Duque chegou a dizer “eu sou contra de forma que melhor não relatar”.O assunto, como é de praxe, teve que ser definido por sorteio cabendo ao deputado Junior Matuto a missão de dar parecer sobre o assunto na próxima reunião.

Depois dos problemas de votação que a Alepe tem enfrentado, será que vai ter quórum para deliberar sobre os riborn se o assunto chegar ao plenário?

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