Federações e fusões vão empurrar para janeiro definições sobre quadro eleitoral de 2026
O ex-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, atualmente sem partido, disse em entrevista à CNN este domingo que o quadro eleitoral de 2026 “só será definido a partir de janeiro”. Para ele a Federação do PP com o União Brasil iniciou um movimento partidário que vai se acentuar a partir de agora: “eles agiram corretamente, são dois partidos grandes que usaram do pragmatismo para juntar o fundo partidário que vão ter e partir para formar maiores bancadas no Congresso” – explicou.
“Esse movimento que fizeram tem poder de mexer bastante no quadro partidário daqui para a frente com a formação de novas federações e com fusões, como a do PSDB com o Podemos”. Isso, segundo Garcia, vai continuar acontecendo até o final do ano de forma que as decisões sobre 2026 vão demorar a ser tomadas. A fusão do PSDB com o Podemos para ele foi o caminho certo: “partidos que têm menores bancadas vão se unir para conseguir sobreviver”. Mas, para ele, não estão descartadas novas federações com a participação de grandes partidos.
Garcia se colocou à disposição para 2026 – ele está sem mandato desde a eleição para governador de São Paulo em 2022 quando não conseguiu passar para o segundo turno – mas não disse qual o cargo que deseja disputar ( Garcia, que era do PSDB, foi governador de São Paulo em substituição a João Dória, do qual era vice, no momento em que Dória renunciou para se candidatar a presidente e acabou desistindo da disputa). Ele se definiu como centro-direita e defendeu que os conservadores se unam: “se isso acontecer a direita tem tudo para eleger o futuro presidente” mas, segundo ele, se isso não acontecer e os projetos pessoais falarem mais alto, o presidente Lula pode se reeleger.
– A direita está madura hoje para identificar uma candidatura única que represente efetivamente seus valores. A chance real de vitória é muito grande”- observou.
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