Insegurança em relação ao Senado começa a inquietar pré-candidatos

Com oito pré-candidatos ao Senado e uma total insegurança sobre em que chapa vão se encaixar, os pretendentes a uma das quatro vagas disponíveis, em 2026, começam a esboçar insegurança e inquietação por um motivo principal, segundo têm deixado vazar para pessoas próximas: só há dois candidatos prováveis a governador do estado em 2026, a governadora Raquel Lyra, que tentará a reeleição, e o prefeito João Campos e, embora tenham estilos diferentes no trato com os políticos, os dois estão evitando assumir compromissos antecipados.
Pelo menos dois dos pré-candidatos ao Senado mais cotados têm revelado a pessoas mais próximas o drama que estão enfrentando nesse aspecto. De grupos diferentes, confessaram que não têm encontrado, objetivamente, em Raquel ou João Campos qualquer abertura para tratar deste assunto. E como a campanha para governador está correndo solta, temem ficar para trás e não saber a tempo como agir diante da decisão que terão que tomar, até o final do ano. Sabem que, não sendo candidatos ao Senado, precisam se preparar para tentar uma vaga na Câmara Federal, correndo o risco de encontrar o campo minado pelos concorrentes.
Teria sido exatamente por isso que o ministro Sílvio Costa Filho decidiu esta segunda-feira reassumir a presidência estadual do seu partido, o Republicanos, e informou que vai percorrer todo o estado, dividindo-se entre as tarefas do Ministério e a formação de chapas proporcionais, daqui para a frente. Na verdade, por conta das ausências causadas pela função de ministro, Silvio também tem se surpreendido com prefeitos da sua legenda que estão declarando apoio a concorrentes como aconteceu esta semana quando o prefeito de Lajedo bandeou-se para o deputado federal Felipe Carreras. Se tivesse certeza da vaga do Senado Silvio não tinha porque se indispor com Carreras que pode ser seu eleitor. Quanto ao Ministério dos Portos e Aeroportos, ele faz muitas obras mas elas não atingem os muitos municípios menores bem mais fieis a seus deputados, sobretudo os que se fazem presentes.
Humberto e Miguel
Também há no PT e no União Brasil, que esta segunda passou a compor uma Federacão com o PP, a mesma incerteza. O senador Humberto Costa pode fazer parte da chapa de Raquel ou da de João Campos, dependendo das alianças petistas e, na nova Federação, Miguel vai enfrentar outro concorrente que é o deputado federal Eduardo da Fonte. Se Humberto for candidato na chapa do PSB há possibilidades reais de Miguel e Eduardo serem os candidatos de Raquel. Se, numa hipótese menos provável, ele for para o palanque de Raquel só haverá uma vaga para negociar junto à governadora. E como disse ontem deputado estadual muito observador da cena política, “haja coração”.
À espera do MDB
O mundo politico aguarda com expectativa o resultado da eleição interna do MDB dia 24 de maio que vai definir, entre o atual presidente estadual Raul Henry e o deputado estadual Jarbas Filho, quem vai comandar a legenda daqui para a frente. Como chegou a hora de resolver em que partido se engajar para disputar a eleição de 2026, pré-candidatos a deputado federal e estadual querem saber para que lado a legenda vai pender para definirem se terão no MDB uma opção partidária ou não. Há torcidas pelos dois lados.

Vai ter rivotril suficiente para serenar os ânimos dos pré-candidatos ao Senado?
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Foto: Diário de Pernambuco