Desaprovação de Lula continua aumentando em fevereiro. Diagnóstico é de todas as pesquisas

 

Com métodos diferentes de colher informações da população – algumas usam telefone, outras fazem levantamentos presenciais, ouvindo pessoa a pessoa, e outros mais usam a Internet – as pesquisas  têm outros pontos de diferenciação, como a margem de erro, para, de alguma forma, justificar a diferença percentual entre elas. Algumas feitas quase no mesmo dia, não coincidem nos percentuais. Isso é mais comum em época eleitoral onde há muita variação, até de humor, do eleitor. Uma coisa, no entanto, vem acontecendo neste momento em que o presidente Lula está com os mais baixos índices de popularidade dos seus três mandatos presidenciais.

A forma como os institutos estão diagnosticando o que pensam os brasileiros sobre a atual administração presidencial, como comprovou o matemático e estatístico Maurício Romão, está coincidindo de tal forma que, entre janeiro e fevereiro deste ano ,três deles se mostraram “milimetricamente afinados” ao medir o desempenho de Lula. GERP (11 a 15 de jan), Paraná Pesquisas (13 a 16 de fev) e CNT/MDA (19 a 23 de fev) mostraram que Lula tem sua administração considerada ótima ou boa, respectivamente, por 28,0/28,8 e 28,7%, dos entrevistados. O governo é regular para 25,0/25,0 e 26,3% e ruim e péssimo para 44,0/45,0 e 44,0%.

“Esta é uma comprovação clara de que é quase geral a percepção das pessoas quando param para analisar o atual Governo. Virou lugar comum se dizer que o Governo está mal , o que demonstra a queda vertiginosa, por exemplo, na análise positiva (ótimo e bom) e o aumento significativo da análise negativa (ruim e péssimo). Maurício analisou o resultado de cinco pesquisas feitas em janeiro e as três feitas, até agora, em fevereiro. Em janeiro a média foi de 30,9% de ótimo e bom, 24,8% de regular e 42,0% de ruim e péssimo. Em fevereiro o ótimo e bom foi de 27,2% em média, regular ficou em 27,8% e ruim e péssimo em 43,3%. O saldo negativo – diferença entre bom e ótimo e ruim e péssimo – em janeiro foi de -11,1% e em fevereiro subiu para -16,1%. Ou seja, continua piorando (gráfico anexo).

Goiana se prepara para escolher prefeito

O município de Goiana, o único de Pernambuco que não conseguiu eleger seu prefeito em outubro de 2024 – a eleição foi anulada porque o vencedor não conseguiu obter o registro do TRE – vai às urnas dia 4 de maio em eleição suplementar marcada esta terça pela Justiça Eleitoral. O ex-prefeito Eduardo Honório que venceu mas não levou pois ia para um terceiro mandato, é tido como principal cabo eleitoral do município e escolheu como candidato Marcílio Régio(PP), empresário cuja esposa é atual vereadora. O outro concorrente é o presidente da Câmara, vereador Eduardo Batista(Avante), que virou interino nesta fase de transição. De 10 a 17 os partidos vão fazer suas convenções e se saberá se vão aparecer outros concorrentes.

Antonio e Joaquim

O candidato Marcílio Régio é apoiado pelo deputado estadual Antonio Moraes(PP), que tem o apoio do ex-prefeito Eduardo Honório para sua eleição legislativa em 2026. Já o prefeito em exercício, Eduardo Batista, é apoiado pelo deputado estadual Joaquim Lira(PV). Os deputados são amigos na Alepe mas o que se prevê em Goiana é uma disputa acirrada, embora Marcílio esteja bem avaliado em pesquisas internas cuja divulgação é proibida. Para se eleger presidente da Câmara já com a certeza do mandato tampão o vereador Eduardo Batista entregou 12 secretarias aos 12 vereadores que votaram nele.

Sai uma mulher e entra outra

A demissão da ministra Nísia Trindade, do Ministério da Saúde, vai ser compensada em relação à cota de gênero, tão cara aos petistas. A atual presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, é cotada para ministra da secretaria-geral da Presidência, mas também vem se falando no seu nome para o ministério das Relações Institucionais, no lugar de Alexandre Padilha. O problema é saber se Gleisi dá certo neste cargo que trata do relacionamento com o Congresso. Ela é conhecida em Brasília como “aquela que não junta, espalha“.

O Centrão pode assumir o ministério das Relações Institucionais?

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