Raquel e Álvaro mudam de tom um ano depois e governadora é aplaudida na Alepe
Há um ano um grande mal estar marcou a abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa. Em plena queda de braço entre o Palácio das Princesas e o Palácio Joaquim Nabuco, separados pela Ponte Princesa Isabel, o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, se referiu de forma pejorativa ao discurso que a governadora fazia na tribuna e que, exposto nas câmaras da TV Alepe, causaram um enorme constrangimento.
Esta segunda-feira o clima era outro. Mesmo que a governadora não tenha ainda resolvido a questão do pagamento do restante das emendas parlamentares de 2024, foi recebida com aplausos quando entrou no plenário, acompanhada, como é de praxe, pelos líderes da oposição, deputado Diogo Moraes, do PSB, e o vice-líder do Governo, deputado Joãozinho Tenório (PRB). Também foi aplaudida no final de sua fala onde fez um curto balanço das ações do Governo como muitos números e acenos para melhores dias.
O presidente Álvaro Porto voltou a citar a independência da casa diante da governadora mas de forma tão suave que parecia mais protocolar. O líder da Oposição, Diogo Moraes, foi duro em suas críticas ao desempenho do Governo mas longe do que poderia esperar um dia depois que Raquel viveu o dia mais tenso de sua administração com algumas ruas do Recife tomadas por vândalos das torcidas organizadas que protagonizaram cenas de agressão explícita e inimagináveis entre si.
Esperava-se que ela aproveitasse o momento para, enfim, dizer como e quando vai pagar as emendas devidas, mas nem precisou. Como o prazo que os deputados lhe deram para explicar o não pagamento de R$ 100 milhões prometidos até 31 de dezembro vence dia 7, o plenário parecia carregado de paciência para aguardar a hora devida. “ A paz, enfim, aconteceu” comentou um líder governista se referindo ao clima ameno comparado à beligerância de um ano atrás.
Bancada do PP na recepção
Como a governadora chegou à Assembleia quando a solenidade já tinha começado com a posse dos integrantes da nova mesa diretora, o presidente não pode recebê-la na entrada. Mas estavam lá os deputados do PP, Antonio Moraes, Kaio Maniçoba e Cleiton Collins que a trouxeram até a entrada do plenário quando passou a ser acompanhada por Diogo Moraes e Joãozinho Tenório.
João não ouviu a oposição
Ao contrário de Raquel, que ouviu todo o discurso do líder da oposição Diogo Moraes para só então se pronunciar na Assembleia, o prefeito do Recife, João Campos antecipou-se na abertura dos trabalhos da Câmara Municipal. Falou e saiu dizendo ter outro compromisso, evitando ouvir as críticas do líder da oposição na casa, vereador Felipe Alecrim (Novo). O vereador Gilson Filho (PL) registrou a ausência e cobrou de João que prometera, segundo ele, ouvir mais e errar menos”.
O clima entre Raquel e Alepe vai permanecer ameno daqui pra frente?
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