Diversidade

Professora defende tese em língua de sinais e se torna primeira doutora surda da UFMG

 

Um acontecimento que o Blog Dellas aplaude e compartilha como exemplo de inclusão: Ao usar a Libras (Língua Brasileira de Sinais) para apresentar sua tese de doutorado, em janeiro deste ano, a professora universitária Michelle Murta, 40, contou com três intérpretes para traduzir sua fala a uma plateia virtual de mais de cem pessoas entre ouvintes que não dominavam a língua de sinais e pessoas com deficiência auditiva, a maioria.

 

Ela foi aprovada com louvor e, com isso, tornou-se a primeira pessoa surda a conseguir o título de doutora na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). “Parece que estou num filme quando lembro a trajetória de vida que tive, escolar e pessoal. Penso como consegui chegar até aqui”, afirma a servidora pública em entrevista por meio de aplicativo de mensagens. “O significado, para a minha vida, é gratidão.”

 

Mais um motivo para ela celebrar é que no dia 24 de abril, há exatos 20 anos, a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como um meio legal de comunicação e expressão no país e, neste sábado último (23), o Brasil celebrou o Dia Nacional da Educação de Surdos.

 

“É a minha língua”, diz Michelle. Para ela, entretanto, a Libras deveria ser considerada a segunda língua oficial do país na prática, pois, oficialmente, desde 2002 a língua é reconhecida por lei. “É por isso que lutamos.”

 

Redação do Blog Dellas com informações do Jornal o Estado de São Paulo.

 

Foto/divulgação-acervo pessoal da professora Michelle Murta.

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