João Campos junta mundo político para enfrentar Raquel em 2026

Se havia alguma dúvida de que o prefeito João Campos estava mesmo disposto a disputar a eleição de 2026 para governador, enfrentando a governadora Raquel Lyra na eleição de 2026, essas dúvidas se dissiparam. Além de ter deixado claro ao PT que é mesmo candidato, como mostrou, com exclusividade, este blog esta segunda-feira, a disposição de garantir de forma mais firme a presença de importantes líderes e partidos políticos a seu lado no novo secretariado demonstra que o prefeito não está para brincadeira.

Os exemplos são cada vez mais fortes. Convenceu o presidente estadual do MDB, Raul Henry, que mostrava disposição de abandonar cargos públicos, a assumir a nova secretaria de Relações Institucionais e garantiu ao PT e ao União Brasil – dois dos maiores partidos do Brasil – a permanência em duas secretarias municipais cada um com pessoas indicadas pelas legendas. Em troca quer que os dois partidos o apoiem.  Ao PT pediu, claramente, que o ajude a convencer o presidente Lula a, desde já, declarar apoio à sua postulação.

Passaria pelo apoio do PT também a garantia de uma vaga no Senado para o senador Humberto Costa. A própria senadora Teresa Leitão sempre defendeu que o PT condicionasse o apoio político em 2026 à vaga para Humberto, justificando que a prioridade do partido na próxima eleição é o Senado, não só em Pernambuco como em todo o país. No caso do União Brasil, agora que o deputado federal Luciano Bivar está praticamente fora da legenda, as duas vagas no secretariado – Turismo e Desenvolvimento Econômico – ficam na cota da família Coelho, de Petrolina.

Em política nada é definitivo e pode até ser que um desses partidos, agora beneficiados, acabem não apoiando o atual prefeito mas vão precisar se justificar muito. Com Raul secretário, o MDB, que podia zarpar se o senador Fernando Dueire não tivesse lugar na chapa, fica mais comprometido. Da mesma forma, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que também deseja se candidatar a senador  e terá que aguardar uma definição sobre outro postulante, o ministro Sílvio Costa Filho, quem sabe possa se contentar com a vice-governadoria.

Raquel é desafiada

Resistente a ceder espaço em sua equipe à classe política, a governadora Raquel Lyra manterá esta mesma disposição agora que a política está entrando na campanha de 2026 pelas mãos do seu principal adversário? Quando assumiu havia uma expectativa de que a governadora chamaria Raul Henry e Miguel Coelho para o secretariado, os mesmos que agora estreitam mais os laços com João Campos, mas ela fez ouvidos de mercador. Agora vai depender exclusivamente dela convencer a população de que seu caminho é o melhor. Vai ter sucesso? Quem viver verá.

PT cada vez mais com João

Da mesma forma, o PT, que deu toda atenção que pode à governadora, inclusive com o voto de sua bancada na Assembleia, constituída por três deputados, está até agora a ver navios. Os petistas esperavam que ela ingressasse na base do presidente Lula mas ela ainda não fez isso e pode ter perdido o time se o entendimento do prefeito com o partido for confirmado como está previsto. Com a certeza da presença de Humberto na chapa do Senado e duas secretarias, que justificativa o PT vai ter para abandonar João e se juntar a Raquel?

Antonio Coelho deu sinal

O deputado estadual Antônio Coelho, que está deixando a secretaria de turismo da Prefeitura para reassumir o mandato na Assembleia, deu sinal de que estava de despedida. Não compareceu ao evento em que o prefeito João Campos anunciou as atrações do Réveillon, festa comandada por sua pasta. A alegação foi que ele teria ido à diplomação do prefeito de Petrolina, Simão Durando,  mas não colou pois era possível voltar de avião e chegar a tempo.

Período sabático

Como faz todos os anos entre Natal e Ano Novo a coluna Giro Político deixa de ser publicada do dia 25 de dezembro a 2 de janeiro. Agradecemos e desejamos a todos os nossos leitores um ótimo Natal e Ano Novo. Mesmo sem a publicação da coluna, o blog continuará informando seus leitores nesse período.

Com quem vai mesmo ficar a vaga de vice de João Campos em 2026?

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