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A democracia resiste

 

O mundo estava de olho nas eleições da França. Em um segundo turno ameaçador. Alguém já falou que a reeleição de Macron é a última derrota da extrema direita francesa no seu modelo tradicional e que podemos afirmar também que a democracia resiste.

 

O segundo turno provou que Marine Le Pen não depende de carisma ou da sua inteligência, mas de sua dinastia, que representa a corrente racista e negacionista francesa desde o pós-guerra.

 

Depois de três derrotas, ela dificilmente terá condições para liderar o que aparenta ser um processo de transição da ultradireita, com a integração dos elementos mais radicais do lado tradicional desse campo e a ascensão de líderes perturbadores como Eric Zemmour. A marca Le Pen pode continuar no jogo eleitoral por meio da sobrinha de Marine, a jovem estrela Marion Maréchal, mas dificilmente a família manterá o direito quase de disputar as presidenciais em nome do seu bloco ideológico.

 

Macron pode se orgulhar de ser o primeiro presidente reeleito em 20 anos. Os resultados finais do segundo turno de domingo mostraram que ele obteve 58,54% dos votos, margem de vitória maior do que muitas pesquisas haviam previsto.

 

O presidente prometeu lidar com divisões profundas no país, após resultados. Reconheceu que muitos votaram nele, principalmente para frustrar sua adversária de extrema direita. Com os olhos voltados para uma eleição parlamentar em junho, Macron deve agora negociar outro período complicado de campanha, para tentar garantir uma legislatura que lhe dê a maioria necessária para implementar suas políticas. Reeleito tem dificuldades sim de enfrentar o desafio de compor maioria no parlamento. Macron que lute.

 

Foto: Folha S.Paulo 

 

Redação Blog Dellas com informações e imagens dos veículos – Jornal Folha de S. Paulo.

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