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Outubro Rosa: campanha une 7 sociedades médicas na prevenção e combate ao câncer de mama

Em Pernambuco, a SBM-PE promove uma série de atividades em parceria com diversas instituições, para orientar as mulheres, reforçando a mensagem de que a doença tem cura e que podemos alcançá-la através da detecção precoce e tratamentos eficazes

Um momento histórico no país – pela primeira vez, sete sociedades médicas se reúnem em prol do rastreamento e cura do câncer de mama por meio da campanha “Juntos Somos Mais Fortes” # Cancer de mama tem cura.Em Pernambuco, a SBM-PE promove a abertura e lançamento oficial da campanha neste domingo(29 ) de setembro, durante evento na Lagoa Azul Tênis Clube (Antigo RCT), para médicos e colaboradores que trabalham com Câncer de Mama. Além dessas, diversas outras atividades estão sendo programadas para todo o Estado durante o mês de Outubro.

Estão unidas nessa campanha, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), a Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), a Sociedade Brasileira de Oncologia Clinica (SBOC) e a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).

O tema “Juntos somos mais fortes” para o Outubro Rosa da Sociedade Brasileira de Mastologia destaca a importância da união na luta contra o câncer de mama. Ele reforça a mensagem de que a doença tem cura e que podemos alcançá-la por meio de avanços médicos, detecção precoce e tratamentos eficazes. A frase ressalta a necessidade de colaboração entre instituições, profissionais de saúde, organizações e a população em geral, para promover a conscientização, o diagnóstico precoce e o suporte adequado às mulheres afetadas.

“A nossa campanha do Outubro Rosa 2024 traz mais uma vez o mote “Juntos somos mais fortes”, justamente para mostrar a importância da união de todos, cujo objetivo esse ano é unir forças, numa campanha multidisciplinar, colocando em evidência tanto a prevenção primária, com ênfase na prática de atividade física e alimentação balanceada, além da importância da saúde mental, no cenário de redução de risco, extrapolando para as pacientes oncológicas, que, além das orientações anteriores, quando recebem o diagnóstico num estadiamento mais inicial, são submetidas a cirurgias menos agressivas, bem como a tratamentos sistêmicos menos tóxicos ao organismo” ressalta a presidente da SMB-PE, a Médica Mastologista Ana Beatriz Albuquerque.

CENÁRIO NO BRASIL E EM PERNAMBUCO

O cenário do câncer de mama no Brasil e em Pernambuco ainda preocupa. “As prioridades em relação ao Brasil, principalmente em Pernambuco, é ampliar essa rede de rastreio, ou seja, de que as mulheres tenham realmente acesso à mamografia de rastreio, que é aquela feita sem a presença da doença, na fase pré-clínica do diagnóstico e que não tem nenhuma alteração palpável ao exame físico. E esse rastreio hoje é feito, de acordo com do Ministério da Saúde, a partir dos 50 anos até os 69 anos de idade, recomendado a cada dois anos. E a nossa luta sempre é iniciar o rastreio já a partir dos 40 anos de idade até os 75 anos, e esse limite de idade podendo ser individualizado de acordo com cada paciente, levando em consideração histórico familiar, comorbidades e estimativa de vida após os 75 anos.”, afirmou Ana Beatriz.

Outro ponto importante é que não somente a mamografia, mas o acesso é muito restrito à  rede de atenção secundária, que deveria absorver as mulheres com exames alterados e já encaminhar para biópsias percutâneas diagnóstica.

“Atualmente, está faltando essa capilaridade na rede de saúde para as pacientes fazerem essa biópsia mamária, a fim de se definir um diagnóstico claro, e aí sim, serem encaminhadas, quando maligno, para atenção terciária, para que se tenha toda uma abrangência de tratamento, desde o apoio psicológico, nutricional, cirurgia com mastologista, tratamento sistêmico com oncologista e com radioterapeuta, reabilitação com fisioterapeuta, equipe de enfermagem oncológica treinada, serviço social, ou seja, todo o manejo multidisciplinar que um diagnóstico tão complexo exige”, explicou Ana Beatriz Albuquerque.

ORIENTAÇÕES MAIS IMPORTANTES

De acordo com a a mastologista Ana Beatriz Albuquerque, as orientações mais importantes para as mulheres são: o autoexame – que é importante para autoconhecimento, mas que não substitui a mamografia de rastreio que deve ser feito partir dos 40 anos de idade, anualmente. “Mas a gente não deve se preocupar com a saúde mamária somente a partir dos 40 anos de idade, pois hoje já sabemos que hábitos de vida estão diretamente relacionados com o risco aumentado de desenvolver câncer no futuro. Esse autocuidado deve ser iniciado desde jovem, com alimentação balanceada, prática de atividade física, controle do sobrepeso, evitar fumar e consumir bebida alcoólica, ter uma boa noite de sono e medidas para redução do estresse do dia a dia”.

O câncer de mama, quando diagnosticado em fases iniciais, tem 95% de chance de cura. Quando esse diagnóstico ocorre em estágios mais avançados, ele é também passivo de cura, mas esse percentual vai reduzindo de acordo com cada caso. “Não podemos desistir nunca de buscar uma assistência médica e tratamento adequados, independente do diagnóstico ser inicial ou avançado”, concluiu.

UNIDADES DE REFERÊNCIA EM PERNAMBUCO / SERVIÇOS GRATUITOS

Os serviços gratuitos oferecidos em Pernambuco e no Recife de atenção terciária que tem esse apoio eficaz ao câncer de mama são: Hospital das Clínicas da UFPE, Hospital do Câncer de Pernambuco, IMIP, Hospital Barão de Lucena e Hospital Universitário Oswaldo Cruz.

Redação com assessoria Foto: divulgação

e-mail:redacao@blogdellas.com.br

 

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