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Pesquisa mostra que mulheres se preocupam mais com consumo sustentável do que homens

Em um cenário onde o consumo consciente ganha cada vez mais destaque, as mulheres brasileiras se mostram na vanguarda dessa tendência. Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC),  revela que elas são mais atentas a práticas sustentáveis em comparação aos homens.

O estudo, intitulado “Pesquisa Consumo Consciente – Visão do Consumidor 2024”, divulgado na sexta-feira, envolveu uma consulta on-line com 1.019 participantes, realizada em outubro do ano passado em 320 cidades de todas as regiões do país. Os entrevistados responderam a um questionário sobre como aspectos ambientais, sociais e econômicos influenciam seu comportamento de consumo, e os resultados foram desagregados por gênero, classe social, faixa etária, escolaridade e localização geográfica.

Entre as mulheres, 36% evitam produtos de empresas com práticas nocivas ao meio ambiente, 39% rejeitam empresas envolvidas em escândalos de desrespeito aos empregados e 38% recusam marcas envolvidas em fraudes ou corrupção. Em comparação, os homens registraram percentuais ligeiramente inferiores: 33%, 38% e 36%, respectivamente.

O público feminino também se destaca na pesquisa de preços antes de uma compra: 67% das mulheres têm esse hábito, contra 61% dos homens. Ambos os gêneros concordam que as principais preocupações para um consumo consciente são a redução da poluição e o uso responsável dos recursos naturais, com pequenas variações nos percentuais.

Os consumidores entrevistados indicaram várias atitudes alinhadas com o consumo consciente, como comprar produtos em refil para reutilizar embalagens, adquirir produtos reaproveitáveis, usar racionalmente recursos naturais como energia elétrica e água, preferir produtos feitos de materiais recicláveis, evitar empresas com escândalos trabalhistas e separar o lixo reciclável em casa.

A pesquisa também revelou que certificações socioambientais, como Produtos Orgânicos Brasil e Selo FSC, são importantes para a maioria dos consumidores, sendo consideradas relevantes para 58% e extremamente relevantes para 21%.

Por outro lado, cerca de 70% dos consumidores não veem a compra de produtos piratas ou falsificados como um hábito prejudicial à economia, associando essa prática à baixa conscientização e educação sobre o assunto.

O relatório da CNC destaca o crescente interesse dos consumidores pela sustentabilidade, o que demanda uma agenda para a tomada de decisão dos empresários. No entanto, ainda existem obstáculos significativos para a ampla adoção de práticas sustentáveis, como o custo elevado das opções sustentáveis e a limitada disponibilidade desses produtos no mercado.

Quando segmentados por classe social, os consumidores de renda média mensal domiciliar entre R$ 900,60 e R$ 1.965,87 se mostraram os mais preocupados com a pesquisa de preços, com 67% adotando essa prática. A compra por impulso, por outro lado, é mais frequente entre as populações de menor renda, sendo relatada por 8% dos consumidores das faixas C, D e E.

Regionalmente, os consumidores nordestinos são os mais diligentes na pesquisa de preços antes das compras, com 68% afirmando esse hábito, enquanto o Sul registra o maior percentual de compras por impulso, relatado por 9% dos consumidores.

Os dados completos da pesquisa estão disponíveis no portal eletrônico da CNC, oferecendo uma visão detalhada do comportamento do consumidor em relação ao consumo consciente no Brasil.

Redação com Agencia Brasil Foto: reprodução

e-mail:redacao@blogdellas.com.br

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