Relator do projeto de reforma do ensino médio, Mendonça acata sugestões do MEC mas mantém base anterior
O deputado federal Mendonça Filho, relator do projeto de reforma do ensino médio enviado ao Congresso pelo Ministério da Educação, manteve em seu relatório apresentado este sábado à Câmara Federal, algumas propostas do Governo mas assegurou a permanência dos principais eixos do Novo Ensino Médio, implantado quando era ministro da educação no Governo Michel Temer. Também ampliou para 900 horas – o MEC defendia 600 horas – o ensino técnico e manteve apenas o inglês como língua estrangeira obrigatória deixando para o estados decidir se desejam que os alunos incluam também o espanhol como obrigatório – como desejava o MEC. “Num país onde 93% dos alunos não sabem matemática e 70% não sabem português, o ensino de duas línguas estrangeiras pode prejudicar a necessidade de espaço para outras disciplinas fundamentais”- afirmou ontem.
Ele diz que tem o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação, além de quase todos os partidos com representação na Câmara Federal. Os eixos estruturantes mantidos na proposta são: a flexibilidade do currículo, com aperfeiçoamento de itinerários formativos; o fortalecimento do BNCC com a estruturação dos currículos por áreas de conhecimento; e a garantia da oferta de formação Técnica e Profisional Integrada ao Ensino Médio com 1.200 horas para formação básica, aumentando a carga horária para os itinerários formativos de 600 para 900 horas. Mendonça manteve a Política Nacional de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
“O substitutivo aprimora a reforma do ensino médio. Oferta ao jovem em ensino conectado com um projeto de vida e com o mundo do trabalho e permite que as redes estaduais ofertem um ensino médio amplo, plural e sintonizado com o que se pratica no mundo todo”- afirma o deputado. “O novo ensino médio é uma política de estado e não de Governo e é preciso reconhecer o flagelo da crise de aprendizagem e de evasão provocada pelo velho ensino médio. O projeto será votado na Câmara Federal e Senado e, em seguida, remetido a sanção do presidente Lula.
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