Nicarágua vence Miss Universo mas destaque foi a miss plus size do Nepal
A 72.a edição do Miss Universo realizada este sábado em El Salvador acabou com a vitória da candidata da Nicarágua, Sheynnis Palacios. Mas a grande sensação do concurso foi a desenvoltura da miss Nepal, Jane Barrett, 22 anos, uma enfermeira modelo plus size, a primeira com essas medidas no concurso que se notabilizou por mulheres esguias, estabelecendo um padrão de beleza não mais aceito por completo nos dias de hoje onde a diversidade está, aos poucos, mudando o comportamento da sociedade. Jane desfilou exibindo seus quilos a mais e sem qualquer sinal de cirurgias estéticas. A gaúcha Maria Brechane, 19 anos, que representou o Brasil, chorou no final do concurso ao não conseguir sequer entrar no rol das 20 mais votadas. Mas as mudanças não ficaram restritas à modelo plus size. Duas mães concorreram ao lado de duas mulheres trans e uma candidata com 30 anos. O segundo lugar no concurso ficou com a miss Tailândia e o terceiro com Miss Austrália.
O missólogo e especialista em talentos brasileiro, Evandro Hazzy, disse ao jornal O Globo que “a beleza está em terceiro plano no concurso de Miss Universo atual”. Segundo ele, o que se tem agora é “uma mulher mais próxima da realidade da mulher comum que luta por causas sociais e vende sua história como referência para outras mulheres”. Sobre o fato de a partir de 2024 não haver mais limite de idade para concorrer ele afirmou.
A miss Nepal declarou na sua apresentação “como uma mulher curvilínea que não segue certos padrões de beleza, estou aqui para representar todas as mulheres”. Ela não conseguiu classificação para a final mas deixou um exemplo que pode mudar ainda mais os próximos concursos. A miss Nicarágua disse na sua entrevista final sobre que qualidade destacaria numa mulher: “é a qualidade de agradecer as pequenas coisas porque isto é onde está o mais valioso: a essência do ser humano”- concluiu. Foi muito aplaudida e acabou levando o título.
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