Exitosa repatriação de brasileiros deixa o ministro José Múcio em evidência no Governo
O Brasil foi o primeiro país a iniciar a repatriação dos seus cidadãos que estavam em viagem ou residindo em Israel e manifestaram o desejo de voltar, após os ataques do Hamas. Não bastasse isso a operação tem sido um sucesso até agora, ao ponto de outros países sul americanos estarem em contato com o presidente Lula – casos do Chile e Argentina, por exemplo – pedindo ajuda para que seus cidadãos em Israel possam regressar em aviões brasileiros. A operação resgate, autorizada pelo presidente, como ressaltou o ministro da defesa, o pernambucano José Múcio Monteiro, principal comandante da força-tarefa formada também pelo Itamarati e pela Aeronáutica, deve, até este domingo, chegar aos 900 primeiros repatriados ( no total serão 2.550). A repercussão tem sido uma só: todos os que chegam têm elogiado a organização do resgate em zona de guerra, um ponto altamente positivo para o Palácio do Planalto.
“Estamos fazendo o melhor que o brasileiro tem que é a solidariedade. Vamos realizar quantas viagens forem necessárias para trazer todos que nos pediram para sair de Israel”- afirmou o ministro. O auge do acerto da operação foi o envio para Roma esta quinta-feira do próprio avião que o presidente Lula costuma usar em suas viagens internacionais para tentar repatriar os brasileiros que estão na Faixa de Gaza, onde os combates têm sido mais intensos e perigosos para a população civil. O ministro José Múcio, que enfrentou no início do ano um dos maiores desafios do novo Governo, o restabelecimento das relações do presidente Lula com as Forças Armadas, tem adquirido enorme relevância com a repatriação, elevando junto com ele a Aeronáutica, a força encarregada de operar o resgate.
Embora o próprio presidente esteja interferindo junto aos países árabes para a retirada dos brasileiros de Gaza e o Itamarati, desde o primeiro momento, tenha entrado no circuito através da Embaixada em Israel, o ministro José Múcio tem ido até mesmo aos aeroportos receber os repatriados, como fez esta sexta-feira no Recife junto a com a vice-governadora Priscila Krause. A idéia de colocar nas aeronaves da Força Aérea uma equipe de médicos e psicólogos foi fundamental. No voo que chegou ao Recife, feito em um avião de carga da Aeronáutica, antes da decolagem em Telaviv uma passageira teve uma crise de pânico ao perceber que a aeronave não tinha janelas. Tudo ficou bem após o atendimento da equipe médica e o voo, enfim, seguiu.
Reduziu o sufoco
Muito acompanhada pela imprensa – como é natural – e comentada pela população nas redes sociais, a repatriação tem servido para amenizar a repercussão negativa desta semana, após iniciado o conflito, com o PT e demais partidos de esquerda se recusaram a chamar o Hamas como “grupo terrorista”, ao contrário do que aconteceu em quase todo o Ocidente. Alguns expoentes do petismo e dos demais partidos de esquerda precisaram se retratar ao serem altamente cobrados na Internet.
Brasileiros em Israel
Moram hoje em Israel 20 mil brasileiros, segundo o Governo Federal. Desses 14 mil vivem nas cidades israelenses e 6 mil na Palestina. A maioria dos residentes na Palestina, no entanto, estão na Cisjordânia, fora da área de conflito. Isso explica porque só 22 brasileiros residentes em Gaza tenham solicitado repatriação, o que deve acontecer via Egito.
Aprovação do presidente
A aprovação do presidente Lula continua bem próxima da reprovação, como têm mostrado diversas pesquisas. Esta sexta-feira o instituto Paraná Pesquisas revelou que 38,2% dos brasileiros qualificam a atual administração federal como ótima ou boa e 35,1% como ruim ou péssima. O total, 25,7% citam o Governo Lula como regular. Já em relação à economia, um parâmetro muito importante na avaliação de um governante, 30,5% disseram que a situação econômica melhorou após a posse de Lula, 41% disseram que ficou como estava e 27% que piorou.
Pergunta que não quer calar: José Múcio é hoje o melhor ministro do presidente Lula?
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