Brasileiros perdem nutrientes à mesa – Por Patrícia Aroucha*

Passeando pelo Instagram me deparo com um post: “Brasileiros consomem menos proteína, devido ao aumento da inflação”, retratando pesquisa realizada pela Kantar.

E, como cidadã, contribuinte e, principalmente, nutricionista, de imediato já vislumbro um prejuízo, a médio e longo prazo, na qualidade de vida do brasileiro, impactando sobremaneira na longevidade positiva da população, em sua grande maioria.

Se estabelece, desde já, uma relação diretamente proporcional entre a queda do consumo de proteínas com o aumento da ingestão de carboidratos simples, a exemplo de pães, macarrão, bolachas, biscoitos, bolos, sucos em pó, etc.

Por serem produtos bem mais acessíveis “ao bolso” do consumidor, as famílias terminam abrindo mão de uma alimentação balanceada e mais saudável, privilegiando esses itens na lista do supermercado.

Como contrapartida, a população adoece mais cedo e rapidamente, crescem os índices de crianças, jovens e adultos com algum tipo de doença crônica não transmissível, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e câncer.

A “dica” para driblar esses momentos de preços mais elevados, sem perder qualidade na dieta, é investir nas proteínas mais “baratas”, a exemplo de ovos, frango, peças de carnes menos nobres e peixes mais “populares”, que são boas opções para manter as refeições mais equilibradas e sem prejuízo para a saúde das famílias brasileiras.


*Patrícia Aroucha, nutricionista, com Pós – Graduação em Clínica, Esportiva e Estética. Texto colaborativo para o blogdellas.

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