‘O sonho do pobre do Nordeste é ser pobre no Sul’, diz ministro Múcio em Live
– Declaração de José Múcio foi feita após ministro defender diálogo entre governistas e oposição para combate ao desemprego e à fome no país –
O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que o “sonho do pobre do Nordeste é ser pobre no Sul”. Natural de Pernambuco, o ministro fez a declaração ao defender a necessidade de união entre governistas e opositores para lutar contra o desemprego e a fome e para avançar sob os diferentes desafios consequentes da extensão territorial e diversas realidades do País.
“Eu acho que nós precisamos sentar e a grande arma que nós precisamos estimular é a arma do diálogo. Vencedores e vencidos precisam sentar em algum momento, porque nós temos 10 milhões de desempregados neste país e 33 milhões de pessoas vivendo na base de insegurança alimentar. Este País é um continente, é diferente”, disse Múcio, durante discurso em evento virtual do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) sobre defesa nacional do Brasil. “Digo muito que somos cinco países, nem os pobres são os mesmos neste país. Somos de um Estado, o Jungmann (ex-ministro Raul Jungmann presente ) e eu, que o sonho do pobre do Nordeste é ser pobre no Sul, porque vai viver numa região diferente”, completou.
A fala do Ministro da Defesa, José Múcio foi nessa ultima segunda-feira, durante Live sobre “Defesa Nacional, presente e futuro do Brasil”, realizada pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) Foto: Reprodução/YouTube Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa
Com repercussão, em nota enviada ao Estadão, nesta terça-feira, 20, a assessoria do Ministério da Defesa enfatizou a origem pernambucana do ministro e afirmou que a declaração dele tinha como objetivo destacar as desigualdades entre as regiões do País. “Conhecedor profundo das desigualdades sociais e econômicas do Brasil, fez a fala de forma a ressaltar que a diferença da renda per capita entre Nordeste e as regiões Sul e Sudeste é injusta e precisa acabar”, diz o texto.
Redação com o Estadão- Foto: Divulgação
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