OAB mantém campanha de prevenção ao assédio moral e sexual

A gente segue com março,  Mês da Mulher, aplaudindo inciativas como a da OAB Nacional com a iniciativa da  campanha de prevenção e enfrentamento ao assédio moral e sexual. A ação conta, inclusive, com um canal de denúncias para advogadas e de uma cartilha.

A campanha Advocacia sem Assédio é iniciativa  da Comissão Nacional da Mulher Advogada, presidida por Cristiane Damasceno, e se estenderá por todo o ano. Decisão acertada. De acordo com a comissão, as denúncias encaminhadas para o site da campanha serão investigadas e acompanhadas pela  OAB. Se confirmadas, a Ordem tomará as medidas e legais cabíveis. A  cartilha reúne, de forma objetiva, definições, dispositivos legais e exemplos práticos de situações que configuram assédio moral e assédio sexual, elencando as causas presumíveis e consequência.

Assédio em números

Inspirada na Convenção nº 190, primeiro tratado internacional sobre violência e assédio no mundo, adotado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a campanha também baseou suas diretrizes em uma pesquisa importante, da International Bar Association (IBA) sobre assédio sexual e moral no meio jurídico. Que apontou existir uma em cada três advogadas já  assediada sexualmente e  que uma em cada duas entrevistadas já sofreu assédio moral. O estudo ressalta:  57% dos casos de bullying não foram denunciados Já nos casos de assédio sexual, esse percentual sobe para 75%. Entre as profissionais vítimas de bullying ou assédio. E mais: 65% das mulheres ouvidas pensaram em abandonar o emprego, quando vivem essas situações. Em relação ao Brasil, 23% dos entrevistados dizem já ter sofrido algum tipo de assédio sexual, enquanto 51% disseram já ter sido alvo de bullying.

Que a OAB e outras entidades continuem estimulando as mulheres a denunciarem os agressores. Essa luta, sabemos, não é de uma, é de todas. E de todos.