Em nova queda de braço, Alepe adia por uma semana votação de empréstimo pedido por Raquel

 

A Assembléia Legislativa aprovou ontem, na comissão de justiça e no plenário, três projetos do Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas e mais três da mesa-diretora da casa, incluindo o que o estabelece voto secreto para escolha dos novos conselheiros do TCE, sem exigir o interstício – prazo para emendas. Só o projeto da governadora Raquel Lyra, solicitando autorização para conseguir empréstimo de R$ 3,4 bilhões, não foi votado porque, através de requerimento, os deputados Waldemar Borges(PSB), João Paulo(PT), Sileno Guedes (PSB) e Romero Albuquerque (UB) solicitaram o cumprimento do interstício, adiando a votação para a próxima terça-feira.

Não há dúvida na Alepe que o empréstimo vai ser autorizado, inclusive pela bancada de oposição, mas o adiamento foi tido nos corredores da casa como um obstáculo imposto ao Executivo sem necessidade: “no tempo de Eduardo e Paulo Câmara sempre que se fazia pedido de urgência a casa concordava”- comentou um deputado da bancada independente. Quando o projeto foi entregue aos deputgados pela governadora foi informado que estava sendo feito pedido de urgência exatamente para não exigência do interstício. Na ocasião, foi explicado que o Governo estava apenas solicitando autorização para contrair o empréstimo mas os recursos iam demorar pois há outros trâmites a serem cumpridos, incluindo a autorização do Senado e o cumprimento de exigências dos órgãos técnicos do Governo Federal.

A votação, que culminou pela exigência do prazo para emendas, se seguiu a uma explanação sobre o projeto feita pelo secretário de planejamento do estado, Fabrício Santos. Durante mais de duas horas ele respondeu a todos os questionamento dos parlamentares não deixando dúvidas, o que levou o líder do PSB, deputado Sileno Guedes, a elogiá-lo em encontro com os colegas. “Achei o secretário preparado e muito cordato” – falou o socialista. A observação dele demonstra, para outros deputados fiéis ao Governo, “que a exigência do interstício não era necessária “ – como observou um deles.

Votação secreta sem unanimidade

A votação na Assembléia do projeto da Mesa Diretora que estabelece votação secreta para escolha dos novos conselheiros do TCE, não teve a unanimidade no plenário. Dos 37 deputados presentes, só 30 votaram a favor e 7 votaram contra ou se abstiveram. Há controvérsias sobre o voto secreto nas casas legislativas. A maioria dos deputados alega que votando secretamente o parlamentar fica mais livre para fazer sua escolha sem temer represarias do Poder Executivo. Já outros são contrários, alegando que o Parlamento é Autônomo e não deve esconder dos eleitores suas preferências.

Clarissa em Jaboatão

Depois de ter citado a possibilidade da deputada federal Clarissa Tércio, ser candidata a prefeita do Recife, o presidente estadual do PP, deputado federal Eduardo da Fonte, concordou, em reunião da executiva do partido com as bancadas estadual e federal, que ela vai ser mesmo candidata a prefeita de Jaboatão, sua base eleitoral. O PP planeja ter candidato a prefeito em 80 municípios estaduais. Clarissa foi a segunda deputada federal mais votada em Pernambuco na eleição do ano passado. Só perdeu para o deputado André Ferreira, também evangélico. Ambos são bolsonaristas.

Aglaison em Vitória

O ex-prefeito de Vitória de Santo Antão, Aglailson Filho, disse a este Blog que ainda não está definido o candidato do seu grupo político a prefeito do município, em 2024. Garantiu que o deputado estadual Aglaison Victor não vai entrar na disputa e não descarta a possibilidade de enfrentar o atual prefeito Professor Paulo Roberto Arruda, que é candidato à reeleição.

Cleiton em Ipojuca

O deputado estadual Cleiton Collins pode ser candidato a prefeito de Ipojuca, no litoral sul. Bem votado no município, onde há muitos evangélicos, ele vem sendo estimulado por seu partido, o PP, a enfrentar a disputa contra o candidato da atual prefeita Célia Sales, já que não se sabe se o ex-prefeito Carlos Santana está estimulado a concorrer. A deputada estadual Simone Santana, esposa de Carlos, citada em especulações, nega que tenha essa pretensão para 2024.

Pergunta que não quer calar: quando vai terminar a queda de braço entre o Executivo e o Legislativo?

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

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