Lula e Fernández anunciam estudos para criar ‘moeda sul-americana comum’: a ‘sur’

Um artigo assinado de forma conjunta pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Alberto Fernández, confirma a intenção de criar uma moeda comum sul-americana , a SUR , para transações tanto comerciais quanto financeiras.

O texto assinado pelos chefes de Estado, à véspera do primeiro encontro bilateral entre presidentes dos dois países em mais de três anos, foi publicado neste último domingo, 22, no diário argentino Perfil.

“Pretendemos quebrar as barreiras em nossas trocas, simplificar e modernizar as regras e incentivar o uso de moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda sul-americana comum que possa ser usada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa”, escreveram Lula e Fernández.

No artigo, os presidentes também condenam todas as formas de extremismo antidemocrático e violência política, numa clara referência aos atentados, de duas semanas atrás em Brasília, contra as sedes dos três poderes da República. “Os laços entre Argentina e Brasil se sustentam na consolidação da paz e da democracia. Queremos democracia para sempre. Ditadura nunca mais.”

A iniciativa descrita acima já gera interpretações. O Real irá acabar se a moeda comum sul-americana for criada? E o peso argentino? As perguntas já correm nas redes sociais.

Especialistas explicam que uma eventual moeda comum, nos moldes em que tem sido discutida, não acabaria com o Real brasileiro nem com o Peso argentino.

Diferentemente do euro, que é a moeda em circulação em vários países da União Europeia, esta moeda comum ( SUR) seria formatada para o propósito específico de ser usada em transações comerciais e financeiras entre os países, para que haja uma menor dependência do dólar.

As moedas nacionais seguiriam as mesmas: o Brasil com o Real e a Argentina com o Peso.

Redação com veículos. Fotos- Divulgação

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