Além da distância de 8 pontos para Raquel, pesquisa IPEC trouxe outras preocupações a
Marília

 

As pesquisas eleitorais são vistas pela população em geral como um simples número de intenções de voto. Os analistas e observadores das campanhas, no entanto, vão muito além disso e observam todos os detalhes dos levantamentos, e eles oferecem muito mais do que informar quem está na frente e qual a distância, no segundo turno, entre o primeiro e o segundo colocados. A observação dessas nuances, ignoradas pelo público, pode ajudar o candidato a corrigir erros para evitar surpresas desagradáveis nas urnas.

Nesse sentido, a pesquisa do IPEC/Rede Globo divulgada esta terça-feira mostra que até o dia 30, além de trabalhar para crescer e alcançar Raquel, que está 8 pontos na frente (54 a 46 em votos válidos) a candidata do Solidariedade precisa observar outros sinais de alerta. Em primeiro lugar, a pesquisa espontânea, aquela em que o eleitor cita o nome de sua escolhida de forma espontânea. Pois bem, em 15 dias, apesar de a pesquisa estimulada ter mudado pouco, na espontânea Raquel cresceu de 37 para 43% e Marília de 31 para 34%. A diferença, portanto, é de 9 pontos percentuais, um a mais do que na estimulada.

Duas coisas que contam muito, sobretudo em segundo turno, é o índice de rejeição das candidatas e a expectativa de vitória de cada uma na percepção dos eleitores. No caso da rejeição, Marília tem 37% e Raquel 23%, ou seja, 37% dizem não votar na candidata do Solidariedade de jeito nenhum e só 23% dizem o mesmo sobre Raquel. Já a expectativa de vitória é medida, em geral, pelos eleitores através de conversas, do ambiente de rua, do noticiário e da performance dos candidatos na TV. Nesse caso, 57% das pessoas ouvidas dizem que Raquel vai ganhar e só 35% falam o mesmo sobre Marília. Como existe na eleição o que se chama de “voto líquido”, quando o eleitor pode mudar de candidato até em cima da hora, a perspectiva de vitória pode render alguns pontos a mais para quem está na frente.

Marília em apoio aos animais

A candidata Marília Arraes que, neste segundo turno, recebeu o apoio do deputado estadual Romero Albuquerque, do União Brasil, defensor da causa animal, assumiu um compromisso com as entidades de defensores esta quarta-feira para instalação de quatro delegacias no estado voltadas para o combate à violência contra os animais.

Raquel faz malabarismo em Carpina para atender a todos

A candidata Raquel Lyra, que passou o dia de ontem na Mata Norte e à noite foi a Surubim precisou fazer um verdadeiro malabarismo em Carpina onde tem o apoio dos três grupos políticos: o prefeito Botafogo e a oposição comandada pela família Lapa, de um lado, e pelo ex-prefeito Carlinhos do Moinho de outro. Graça do Moinho, prefeita de Lagoa de Itaenga, subiu no mesmo palanque de Botafogo para um grande ato mas a família Lapa e o próprio Carlinhos do Moinho não foram à festa do prefeito. Raquel precisou ir à casa da família Lapa tomar um café para manter a união da tropa.

Miguel engajado

O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho e o deputado estadual Antonio Moraes acompanharam a candidata do PSDB na Mata Norte, onde ela também esteve em Timbaúba. À noite Miguel também foi a Surubim com Raquel para comício organizado pelo deputado estadual eleito Chaparral.

Pesquisas no vai e vem

Nesta reta final de campanha todo cuidado é pouco e os jurídicos de Marília Arraes e Raquel Lyra está trabalhando dobrado, não só em relação à propaganda da TV mas também de pesquisas. Os advogados de Marília conseguiram barrar dois levantamentos do Real Time Big Data e do Simplex que estavam para ser divulgados esta terça-feira. Ontem foi a vez de Raquel de impugnar os levantamentos da Nervera que sairia esta quarta e da Potencial programada para esta quinta, dia 27, na Folha de Pernambuco.


Pergunta que não quer calar: o TSE diz que não fiscaliza a propaganda eletrônica, os partidos também não. Quem vai responder pelas denuncias da campanha e Bolsonaro?

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

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