Duda Falcão – Foto divulgação

 

Quem é a pernambucana empenhada em fazer uma melhor educação para o país? Formada em Administração de Empresas pela Universidade da Virgínia, nos EUA, Duda Falcão é co-CEO do Eleva Educação, o maior grupo de educação básica do Brasil, e fundadora da Escola Eleva, com unidades no Rio de Janeiro, Brasília e deste janeiro último também em nossa capital, com um campus em Boa Viagem, a primeira Escola Eleva do Nordeste.

 

Duda Falcão vive no Rio e sua jornada começou muito antes do início do grupo Eleva. Além de ter atuado nos setores de educação e consumo no PCP-UBS Pactual, ela coordenou um projeto estratégico para a primeira infância na Secretaria Municipal de Educação carioca. Depois, tornou-se sócia-fundadora do Gera, um fundo que nasceu com foco em Educação, dando origem ao grupo Eleva. A educadora acredita na importância e na força da educação como ferramenta de transformação. Seu objetivo com as Escolas Eleva é transformar os alunos em cidadãos capazes de contribuir para um mundo melhor.

 

Qual é o seu papel à frente das Escolas Eleva ?

 

Duda Falcão: Como fundadora das Escolas Eleva, sou uma das responsáveis pela definição dos valores, diretrizes e prioridades da instituição, assim como pela concretização da proposta de combinar tradição e inovação para proporcionar uma formação de excelência em todos os aspectos. No dia a dia das unidades, acompanho o trabalho realizado pelas equipes para garantir que os alunos possam desenvolver a paixão por aprender e se tornar protagonistas de suas jornadas.

 

O que os alunos podem aprender na Escola Eleva Recife que não tem em outras salas de aulas?

 

Duda Falcão: Acredito que o principal diferencial da Escola Eleva está nos três pilares que embasam e guiam as nossas práticas. A Excelência Acadêmica está ligada ao estímulo do raciocínio, da pesquisa e do prazer pela aprendizagem. Além de incentivar a formação contínua dos nossos professores, valorizamos a exigência e o rigor para garantir um ensino com alto nível de qualidade, e fornecemos as ferramentas necessárias e a infraestrutura completa para que o aluno possa desenvolver uma postura ativa, de protagonista, nesse processo de aprendizado.

 

Já a Inteligência de Vida diz respeito às habilidades socioemocionais, que são fundamentais para a formação dos jovens dentro e fora da sala de aula. Comunicação, trabalho em equipe e autoconhecimento são alguns dos fatores que buscamos trabalhar no cotidiano da Escola Eleva, sempre com objetivo de ajudar nossos alunos a se tornarem as melhores versões de si mesmos. Por fim, temos a Cidadania Global, que reflete nossa preocupação com a formação de cidadãos do mundo. É muito importante que os alunos se enxerguem como parte de um todo e que tenham consciência de que a cidadania começa localmente. Com clareza a respeito do impacto de suas ações, eles reconhecem a responsabilidade de ser agentes de mudança. Nesse sentido, o aprendizado do inglês é fundamental, e a nossa proposta de sermos simultaneamente brasileira e bilíngue faz toda a diferença.


Quem faz, inspira e lidera na área educacional atual?

 

Duda Falcão: A escola me ensina muito. Ouvir os alunos, participar das discussões, assistir aos professores e dar aula sempre foram experiências muito inspiradoras e grandes fontes de aprendizado para mim. Acredito que a sociedade passou a valorizar ainda mais os professores e a escola neste período pandêmico, em que ficou mais evidente a importância do trabalho que realizam e a dedicação contínua com a qual se comprometem para oferecer sempre o melhor para os alunos.

 

Que lição deixou então a pandemia quanto ao ensino brasileiro e o que muda a partir dessa experiência dolorosa para alunos e professores?

 

Duda Falcão: Passamos e ainda estamos enfrentando um momento difícil, mas, olhando para o futuro, sou otimista sobre o legado que fica. Várias tendências em educação se aceleraram, dentre elas a permanência do ensino à distância. Agora, culturalmente, sabemos usar as ferramentas e estamos preparados para esse novo formato, o que vai abrir novas possibilidades para escolas que poderão ter ensino híbrido, com impacto positivo para as crianças de todo o Brasil. O segundo legado positivo é a valorização das habilidades socioemocionais. É muito importante que a escola concilie o conteúdo acadêmico com o desenvolvimento socioemocional dos alunos. Essa crise pediu colaboração, perseverança, criatividade, um momento para respirar e expressar os sentimentos. Acredito que o desenvolvimento de habilidades socioemocionais vai se tornar cada vez mais relevante na grade escolar.

 

É preciso capacitar a educação para o mundo pós pandêmico? Há incertezas ameaçando a educação?

 

Duda Falcão: A escola sai muito mais forte depois desse desafio. Ela continua capaz de preservar a tradição na educação, que é muito importante, mas sai com uma cabeça mais aberta para dialogar com o novo. Essa mudança cultural na escola é muito positiva, assim como a mudança na forma como a sociedade vê a escola. Hoje, há uma consciência maior de que a escola não é só um lugar para aprender, mas também um lugar para conviver, para abraçar e para sorrir.

 

Para o futuro, acredito que há espaço para pensar em cidadania digital: como podemos equipar os alunos de um país tão desigual com uma mochila digital e levar conectividade a todos? Como equiparar alunos que tiveram condições muito diferentes ao longo dos últimos anos? Eu acho que ainda há muito a ser desenvolvido nesse sentido.

 

Você tem três filhos. Quais seus planos de mãe-educadora para o futuro dos seus filhos?

 

Duda Falcão: Acho que tenho um pouco do meu pai, que sempre me incentivou a fazer o que eu quisesse, desde que eu me dedicasse muito e buscasse a excelência, e um pouco da minha mãe, que sempre reforçou a importância do desenvolvimento socioemocional para aprender a lidar com os desafios da vida. O meu plano é que meus filhos criem laços afetivos que vão além da escola, que aprendam a respeitar o próximo e valorizar as diferenças, que consigam descobrir as suas paixões e serem excelentes naquilo que gostam e, assim, que consigam seguir em busca dos seus sonhos. E, ainda que eles eventualmente escolham se desenvolver fora do país, espero que tenham vontade de voltar para o Brasil depois dos estudos e que possam contribuir para a construção de um futuro melhor para o nosso país.

 

Escola Eleva opera no Recife sua primeira unidade do Nordeste

 

 

A Escola Eleva Recife iniciou no final de janeiro seu ano letivo na capital pernambucana, com cerca de quase 500 alunos matriculados . Trata-se da primeira unidade do Grupo Eleva do Nordeste, instalada no bairro de Boa Viagem.

 

Participativa e consciente do seu papel na sociedade, movimenta também um programa de bolsas de estudo, da qual a unidade Recife já começa a ser contemplada , em direção a alunos que participaram da seleção, atendendo perfil traçado para beneficiar famílias de baixo poder aquisitivo e com foco no aproveitamento de talentos identificados na comunidade.

 

“O ensino Eleva está presente, atualmente, em unidade no Rio de Janeiro , Brasília e agora no Recife. A proposta é ser uma escola brasileira, bilíngue e em tempo integral, inovadora, com a oferta de 24 turmas, dentre elas, as de Educação Infantil, que recebe alunos a partir do Infantil 1 (com 1 ano de idade completo até 31/03/2022).

 

Com edificação própria, conta com um campus de 9,6 mil m² dotado com Maker Space, Media Lab, quadra poliesportiva, bibliotecas, laboratórios, ginásio aberto, sala de música e muitos outros espaços. A unidade Recife está sob o comando da diretora Rafaella Perrone, pedagoga formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com especialização em supervisão escolar, formação docente e estudos culturais. Tem ampla experiência em gestão escolar.

Escola Eleva-Foto divulgação

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