De olho no 2° turno, Miguel, Anderson e Priscila colocam Marília e Danilo no mesmo balaio
A luta pelo segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto e a próxima definição sobre quem vai afinal para o 2.o turno, levaram, nos dois últimos dias, três candidatos a governador de oposição – Miguel Coelho (UB), Anderson Ferreira (PL) e Raquel Lyra(PSDB) através da vice Priscila Krause – a lançar mão de uma única estratégia para atingir ao mesmo tempo Danilo Cabral(PSB) e Marília Arraes (Solidariedade): vender a imagem de que os dois estão juntos, são de um mesmo grupo e de uma mesma família, que está no poder há 16 anos.
Anderson e Priscila estão usando as redes sociais mas Miguel exibiu um inserção no Rádio e TV em que diz “há 200 anos, o Brasil se libertava de um império. Hoje, Pernambuco não é diferente, uma mesma família, mesmo grupo político, se dividiu em duas candidaturas e agora tenta dar continuidade ao governo Paulo Câmara”. Nas suas redes e em pronunciamento no 7 de setembro Anderson afirmou “Pernambuco não pode assistir a essa briga de fundo de quintal da família Arraes e da família Campos”.
Na sua fala no instagran, a candidata a vice Priscila Krause(Cidadania) seguiu o mesmo caminho de Miguel e Anderson. Falou dos 200 anos da independência e afirmou que o povo de Pernambuco precisa reagir: “é hora de retomarmos o estado, tirando-o das mãos de uma mesma família, de um mesmo grupo. Eles são iguais (refere-se a Marília e Danilo) e se reservam na luta pequena do poder pelo poder”. O tom deve continuar assim mas Danilo, segundo sua assessoria, não vai responder: “Danilo não faz parte de nenhuma das famílias. Ele representa a Frente Popular que é composta por 9 partidos”- respondeu a assessoria do candidato. A de Marília não retornou o contato.
Família e política
O Blogdellas mostrou em postagem na coluna Giro Político em junho que os cinco principais candidatos a governador este ano são mais jovens mas representam famílias tradicionais da política estadual. Todos, sem exceção, são filhos ou netos de pais que já tiveram mandatos – a maioria majoritários. Nessa questão de família, portanto, cada um dos postulantes tem histórias a contar. A diferença é que as famílias Campos e Arraes estão no poder há 16 anos. Marília, uma Arraes, acabou por se afastar dos Campos, seus parentes, e busca voo próprio. E, este ano, com uma vantagem sobre Danilo: é a oposição do governador Paulo Câmara, tendo se apropriado de parte do discurso da oposição estadual.
Teresa e André entram em campo sobre Marília
O candidato ao senado da chapa de Marília Arraes, deputado federal André de Paula(PSD), rebateu ontem críticas que Teresa Leitão(PT), também candidata ao senado mas chapa de Danilo Cabral, teria feito à candidata do Solidariedade em reunião fechada com petistas. Teresa teria colocado em dúvida a capacidade de Marília de governar o estado. André acusou Teresa de “não se conformar com a liderança isolada de Marília”e concluiu “ela é a candidata a senadora de Paulo Câmara, um dos piores governos estaduais da história com quase 70% de reprovação dos eleitores”.
Petista na Fecomércio
Teresa foi sabatinada ontem na Fecomércio sobre as reformas e seu compromisso com a manutenção do sistema “S” composto pelo Senac, Senai, Sesc, Sesi e Senat. Ela disse que acha que as grandes reformas, mesmo as já aprovadas, devem ser revisadas. “Tanto a trabalhista, quanto a previdenciária, administrativa e política precisam ser analisadas em conjunto pois uma influi na outra”. Garantiu, ainda, que, eleito, o ex-presidente Lula vai movimentar a economia trabalhando para melhoria do consumo, através entre outros da garantia de um reajuste maior ao salário mínimo”.
Pergunta que não quer calar: até onde vai a briga de cinco fortes candidatos para chegar ao segundo turno?
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