Na média das pesquisas de julho, Lula tem 9,6%

a mais que Bolsonaro. Mesmo número de junho

 

 

Acostumado a trabalhar com as médias das pesquisas eleitorais, o economista e estatístico pernambucano Maurício Romão constatou que, apesar das muitas celeumas criadas de norte a sul no mês de julho, e da diversidade de números apresentada pelos diversos institutos que medem a opinião do eleitor, os dois principais candidatos a presidente da República, Lula e Jair Bolsonaro, tiveram, em média, em junho e julho, os mesmos percentuais de votos, conservando uma diferença de 9,6 pontos percentuais em favor do candidato do PT.

O levantamento aponta que em junho Lula teve em média 43,3% das intenções de voto e Bolsonaro 33,7%, os mesmos percentuais que tiveram em julho (quadro abaixo). O terceiro colocado, Ciro Gomes teve também quase o mesmo percentual – 7,4% em junho e 7,5% em julho. Só Simone Tebet apresentou crescimento em julho. Em junho teve, em média, 1,9% e em julho 2,8%. Os demais candidatos somaram juntos 4,1% em junho e 3,8% em julho.

– Na verdade, nada mudou nesses dois meses, apesar de ,por conta das diferenças de metodologia entre as pesquisas, as pessoas sejam instadas a acreditar, ora que Lula cresceu e Bolsonaro caiu, ora que Lula caiu e Bolsonaro cresceu – diz Romão, acrescentando que “as diferenças entre os institutos têm muito mais a ver com o método de cada um, do que em algum erro de avaliação”. Para ele, tanto a pesquisa do Futura,que apresentou apenas 2,1% de diferença pró-Lula, quanto a do Ipespe que constatou 11% e o Datafolha 18% estão certas do ponto de vista metodológico. “Quando se faz a média chega-se a um número mais realista. Lula continua na frente com um percentual razoável”.

Média é mais real

Romão afirma que é comum se analisar a média das pesquisas para ter um quadro mais realista da situação. Ele acha que apesar de estar alta a diferença entre os principais candidatos hoje e de ter se conservado a mesma do mês de junho, trabalha-se com a possibilidade de Bolsonaro apresentar crescimento no mês de agosto: “o aumento do auxílio Brasil, a queda de preço dos combustíveis, a redução do desemprego e o recuo, embora ainda pouco, da inflação estão a favor do presidente”. Ele afirma ainda que o programa eleitoral gratuito, que deve mexer com o quadro eleitoral, só terá efeito em setembro.

Dificuldades na proporcional

A chapa proporcional da Federação PSDB/Cidadania, que tem como puxador de votos o deputado federal Daniel Coelho, vai enfrentar dificuldades com a ida do ex-prefeito de Petrolina Guilherme Coelho para o senado. Daniel, que já vinha preocupado com a situação, vai tentar convencer a candidata a deputada estadual Lucinha Mota, de Petrolina, a mudar para Federal. Guilherme teria de 20 a 30 mil votos para ajudar a eleger um federal que seria Daniel. Agora pelos contas ele vai precisar ter sozinho mais de 120 mil votos para chegar lá.

Fotos: Divulgação

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

 

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