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Superação: A brasileira Jade Lanai torna-se destaque mundial no tênis em cadeira de rodas


Ela tem 18 anos e é vista como uma das grandes promessas mundiais no que faz.A Brasileira, tocantinense radicada em Brasília, Jade Lanai, dá os primeiros passos como profissional depois de encerrar a carreira juvenil com aplausos , com os primeiros títulos de Grand Slam para o nosso país no tênis em cadeira de rodas, além de ter sido número 1 do ranking mundial.

Jade diz que os desafios continuam e agora luta por vaga em Paris , em 2024.

Sua história é pontuada por lutas e sucessos: e também pioneirismo. Em setembro do ano passado, Jade conquistou os troféus de simples e duplas no Aberto dos Estados Unidos. Lembrando que aquela foi a primeira vez que o torneio disputado em Nova York, um dos quatro principais do mundo do tênis, abriu a disputa em cadeira de rodas para juvenis. E Jade estava lá.

Os resultados levaram a jovem a vencer na categoria Revelação do Prêmio Paralímpicos, promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

“ Tudo que está acontecendo é fruto de um trabalho de mais de dez anos. Com muito esforço e determinação”, lembra a tenista que garante já estar focada para os próximos desafios”.Ela destaca que o esporte para PCD tem hoje o maior crescimento no mundo. “O Tênis em cadeira de rodas motiva milhares de cadeirantes a praticar esportes e se manter ativo”, afirma.De acordo com informações oficiais, há torneios do circuito mundial que distribuem premiações superiores a R$ 700 mil por ano.Jade explica que o tênis em cadeira de rodas é um dos diversos esportes adaptados para pessoas com deficiência. A modalidade é tão semelhante ao tênis convencional que segue as mesmas regras, mas com a exceção de uma. No tênis em cadeira de rodas, a bola pode dar dois quiques antes de ser rebatida e o segundo pode ser fora dos limites da quadra.

O tênis em cadeira de rodas foi criado nos EUA por Brad Parks e Jeff Minnenbraker, em 1976. A princípio Parker era atleta de esqui, mas sofreu lesão medular durante um campeonato. Desde então, passou a promover o esporte que ganha a cada ano mais praticantes. Nas Olimpíadas, o tênis em cadeira de rodas estreou nos Jogos Paralímpicos de Barcelona, em 1992. No Brasil, a modalidade foi trazida por José Carlos Morais, em 1985. Ele foi o primeiro brasileiro a competir em uma olimpíada, participou de 9 mundiais e tem 5 títulos nacionais. O esporte é importante para a pessoa com deficiência superar os traumas da falta de movimento por decorrência de um acidente ou doença. Existem duas classes no tênis em cadeira de rodas: Open: Na primeira, participam os atletas diagnosticados com perda substancial ou total do movimento de uma ou duas pernas. Além de algum tipo de lesão nos membros inferiores. E Quad que engloba atletas deficiência nos membros inferiores, mas nesse caso, são utilizadas cadeiras motorizadas.

Equipamentos: Em relação aos equipamentos, raquetes, bolas e altura da rede seguem os mesmos padrões estabelecidos pela Federação Internacional de Tênis.As cadeiras são adaptadas para o esporte, com as rodas um pouco curvadas para proporcionar mais velocidade e equilíbrio, além disso, mais leves que as tradicionais.O tenista de cadeira de rodas pode usar ainda outros acessórios para melhorar o equilíbrio e mobilidade. As faixas de tórax e cintura trazem estabilidade ao atleta.Existem também faixas para as pernas, colocadas acima dos joelhos para deixa-las juntas, levando mais estabilidade e confiança ao atleta. Os pés podem ser presos com faixas para evitar que eles saiam do descanso conforme os movimentos.


Para praticar o tênis em cadeira de rodas, o atleta precisa ter técnica, reflexo,resistência, velocidade e força física. Pessoas com deficiência em uma ou nas duas pernas estão aptas ao esporte, assim como os tetraplégicos, que têm deficiência também nos membros superiores e vão utilizar uma cadeira motorizada. As regras são as mesmas do tênis. Os jogos podem ser disputados em simples, duplas ou duplas mistas, tanto no open como na quad. A diferença é que a bola pode quicar duas vezes, o primeiro deve ser dentro da quadra e o segundo pode ser dentro ou fora.Os tetraplégicos que tiverem limitações de movimento que impeçam de fazer o saque estão autorizados a ter a bola levantada por outra pessoa para começar a disputa do ponto. Outra característica é que a cadeira de rodas é considerada como parte do corpo do jogador de tênis. Portanto, se a bola tocar em qualquer outro lugar que não seja a raquete, haverá perda de ponto. O jogador, obrigatoriamente, deve ficar sentado o tempo . Se houver falta de contato com o assento, ele também será punido. O tenista perderá pontos se usar o pé ou qualquer outra parte do corpo como freio ou estabilizador na hora do saque, para rebater a bola ou fazer movimentos com a cadeira.

O tênis em cadeira de rodas ainda não tem muitos praticantes no Brasil, mas o país possui um ranking nacional e um circuito com competições anuais. Quem pretende experimentar todos os benefícios da prática do esporte, pode se inspirar na holandesa Esther Vergeer.Já aposentada, e foi a maior jogadora da modalidade. Ficou 15 anos como líder do ranking mundial e conquistou 42 títulos de Grand Slams entre simples e duplas. Vergeer ainda é dona de seis medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos Paralímpicos e é a atleta profissional com maior período de invencibilidade em todos os esportes no mundo, 10 anos ou 470 jogos sem perder para nenhuma adversária.

Atualmente, um grande nome do tênis na cadeira de rodas no Brasil é a recifense Natalia Mayara Azevedo da Costa, nascida em 1994 . Natalia representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de 2016. Começou a praticar o esporte com 12 anos de idade, e já recebeu diversos prêmios. Em 2015, foi eleita a melhor atleta na categoria do tênis de cadeira de rodas no Brasil. E agora Jade Lanai.

Outro brasileiro famoso no tênis de cadeira de rodas é Maurício Pommê. Ele já era professor de tênis e começou a praticar o esporte após sofrer uma queda de 13 metros ao tentar consertar uma telha do teto da sua academia.Com muita força de vontade, Maurício conseguiu sobreviver após passar mais de 2 meses internado no hospital para se tornar um dos maiores nomes do esporte no Brasil. Ele tem duas medalhas em duplas nos Jogos Parapan-americanos no tênis de cadeira de rodas, uma de ouro em Rio 2007 e uma de bronze em Guadalajara 2011.O tênis em cadeira de rodas é um esporte excelente para motivar a PCD durante uma fase de pós-reabilitação. Afinal, além de melhorar a saúde pela prática de atividade física, o tênis em cadeira de rodas também traz muitos benefícios para a parte psicológica. As conquistas pessoais trazem mais autoconfiança para as pessoas com deficiência, pois é uma forma de mostrar que os obstáculos podem ser superados.O esportista se torna alguém mais independente para desempenhar as atividades diárias e ganha muito também no aspecto social com a criação de novas amizades que só a prática do esporte proporciona.Existem muitos estudos que comprovam os diversos efeitos positivos do esporte, não só para saúde, mas também para bem-estar, o tênis em cadeira de rodas pode ser uma ótima escolha para a pessoa com deficiência que busca se manter em movimento, o esporte pode ter uma papel fundamental para uma reabilitação ou uma motivação.

Redação com veículos e assessoria. Foto-Divulgação.

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