Estudantes de Pernambuco criam luva que estabiliza tremores em pessoas com Parkinson

Estudantes da Escola Técnica Estadual Paulo Freire, em Carnaíba,  desenvolveram uma luva que reduz os tremores nas mãos, de pessoas com Parkinson, um sintoma comum da doença. Enquanto luvas comerciais custam até R$ 8.000, o protótipo GlovETE custa apenas R$ 92.

Os estudantes que desenvolveram o protótipo – Danilo Morais, Felipe Santos, Gustavo Henrique e  Rayane Morais-  usaram conhecimentos de física e robótica para criar o dispositivo, trabalhando em seus intervalos e após as aulas.O projeto foi desenvolvido no Espaço 4.0 da ETE, com orientação dos professores Gustavo Bezerra e Carla Robecia. A luva surgiu durante os encontros do clube de robótica da escola.

A luva combina um modelo de academia com um disco rígido, um regulador de energia e uma placa Arduino, usando o disco rígido como giroscópio para estabilizar as mãos.  As luvas estão quase prontas e deverão ser equipadas com uma bateria.

Gustavo Bezerra, professor envolvido, destaca o uso de circuitos elétricos e componentes eletrônicos no projeto, que utilizou uma impressora 3D, furadeiras e uma microrretífica. Os materiais foram em grande parte obtidos na escola, com apoio financeiro dos professores.

“Eu tive que faltar alguns dias pra levar minha mãe a um tratamento de Parkinson e, quando cheguei lá no clube, comentei com os alunos que ela estava enfrentando essa necessidade. Então, os quatro estudantes do grupo discutiram a possibilidade de encontrar uma alternativa na robótica. Achei muito bacana, porque, por mais que eu sempre tenha desenvolvido projetos com os alunos para resolver problemas da comunidade, eu nunca imaginei que pudesse ser um problema tão próximo a mim”, conta o professor Gustavo.

A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico específico e progressivo que afeta o sistema nervoso central, atingindo cerca de 1% da população mundial acima dos 55 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 mil pessoas no Brasil vivem com a doença.

Saiba mais sobre a luva criada pelos estudantes no perfil @glovetech.ete  

Redação com assessoria Fotos: divulgação

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